quinta-feira, 5 de setembro de 2013

A ALIMENTAÇÃO COM OS 5 ELEMENTOS


















ALIMENTAÇÃO
COM OS 5 ELEMENTOS
Por: Gérard Wenker, 2013.


1- O ELEMENTO FOGO – CORAÇÃO E INTESTINO DELGADO

Um consumo exagerado de alimentos condimentados com especiarias deteriora o coração e o intestino delgado, tal como a presença excessiva de gorduras e de colesterol no sangue derivada de uma ingestão de quantidades muito grandes de alimentos de origem animal. Se o coração e o intestino delgado estão fracos, há todo o interesse em reduzir, até mesmo eliminar, da alimentação, a carne vermelha, os ovos e os produtos lácteos, todos eles aumentando o colesterol do sangue e impedindo o coração de receber um afluxo suficiente de sangue e de oxigénio. Um consumo excessivo de alimentos muito contraentes ou frios (muito yang), tais como o sal por exemplo, enfraquece igualmente o coração e o intestino delgado.

Os alimentos que reforçam o elemento Fogo são o milho, as couves de Bruxelas, echalotas, cebolinhas, lentilhas vermelhas, morangos e framboesas. Os alimentos ligeiramente amargos, como as folhas de dente de leão, a chicória, a raiz de bardana, estimulam a função do coração e do intestino delgado.

Somente pequenas quantidades destes alimentos são necessárias, sobretudo se forem consumidos regularmente. É desejável variar os sortidos de alimentos fogo que comemos. O facto de apenas consumirmos um só grupo destes alimentos poderá ter como consequência graves desequilíbrios, podendo desencadear uma doença. Não esquecer que é preciso consumir estes alimentos dentro da sua estação; é importante estar em harmonia com o envolvimento e o clima. Os morangos, os rabanetes, os tomates não estão disponíveis no Inverno por uma boa razão: são frutos da Primavera, que devem completar a alimentação numa só época bem precisa do ano.

Uma atitude optimista face à vida favorece também um bom funcionamento do coração e do intestino delgado.  A fé e a gratidão são fonte de alegria.


2- O ELEMENTO SOLO (TERRA) – ESTÔMAGO E BAÇO/PÂNCREAS

O açúcar refinado e os alimentos muito ácidos fazem mal ao estômago e ao baço/pâncreas, sendo o consumo de bebidas extremamente açucaradas mau para o baço/pâncreas.

Em contra partida, os alimentos com gosto ligeiramente açucarado favorecem um bom funcionamento do baço/pâncreas. As abóboras vulgares e a abóbora japonesa Hokkaido reforçam o baço/pâncreas. Entre os cereais, é o millet. As pessoas que têm problemas com os órgãos solo deveriam consumir muito millet e abóbora.

Os sais minerais são também muito importantes para assegurar um bom funcionamento destes órgãos. Como contêm minerais, todos os legumes são favoráveis à função do estomago, do baço e do pâncreas. As folhas de couve “collard” (legume do Sul dos EUA parecendo espinafres) ou couve “plume” ou “Kale” (Europa), a consolda e as urtigas são as mais ricas em sais minerais, sobretudo em cálcio.

O elemento solo é ainda mais reforçado por uma boa mastigação da comida e a salivação que a acompanha. A saliva pode ser extremamente alcalina, e o estomago extremamente ácido. Os alimentos bem mastigados, ricos em saliva, penetram no estomago e tamponam os ácidos do estomago, harmonizando assim o meio no interior deste. Os alimentos condimentados ou ácidos e ainda por cima mal mastigados, tornam este meio ainda mais ácido, o que pode com certeza trazer problemas de ventre podendo degenerar em úlceras com o tempo.


3- O ELEMENTO METAL – PULMÕES E INTESTINO GROSSO

O elemento metal é reforçado e estimulado pelo arroz integral, e pelos numerosos legumes correntes, tais como as couves, couves-flor, aipos, pepinos, agriões da fonte, nabos, rabanetes e cebolas. Segundo a medicina macrobiótica, a raiz de gengibre, o rábano negro, o daikon, o alho e as folhas de mostarda são todos eles ervas medicinais para os pulmões e intestino grosso. Os alimentos com sabor picante, consumidos em pequenas quantidades, podem também melhorar o funcionamento destes dois órgãos.
O exercício físico, como a marcha e a bicicleta, são igualmente benéficos para os órgãos metal.

De uma maneira geral, as fibras beneficiam o conjunto do tubo digestivo fazendo aumentar a duração do trânsito e desobstruindo-o dos velhos dejectos, expulsando-os do sistema. Porque contêm fibras, todos os cereais e todos os legumes sustentam e dinamizam o funcionamento do intestino grosso.

Pelo contrário, os alimentos de origem animal, sobretudo a carne vermelha, são verdadeiros fardos para os intestinos e tornam o trabalha da digestão mais difícil. As gorduras, sobretudo as provenientes da carne vermelha, dos ovos, e dos queijos de massa dura, são a primeira causa do cancro do cólon. A carne vermelha é extremamente difícil de digerir, sobretudo porque não pode ser inteiramente mastigada na boca e também não pode certamente ser correctamente decomposta nos intestinos. As pessoas que sofrem de afecções do intestino grosso têm todo o interesse em evitar os alimentos muito difíceis de digerir, particularmente no que diz respeito à carne.

Os pulmões são muito sensíveis aos produtos lácteos e ao óleo. Os alimentos fritos, o leite, iogurte e outros alimentos gordurosos ou oleosos tapam os minúsculos sacos de ar dos pulmões (alvéolos pulmonares), impedindo uma boa oxigenação destes. Para os curar, é necessário um regime alimentar comportando pouco óleo e gordura. Se tiverem tosse, evitem as anchovas (“blue-fish”), as sardinhas e a cavala.


4- O ELEMENTO ÁGUA – RINS E BEXIGA

Os alimentos que reforçam e estimulam um bom funcionamento dos rins são os feijões e pequenas quantidades de sal. Muito sal, pelo contrário, enfraquece os rins e cria hipertensão – convém utilizar este condimento em quantidades moderadas. Todos os feijões e leguminosas ajudam a tonificar os rins e a melhorar o seu funcionamento, mas os feijões Azuki de Hokkaido (os mais pequenos) estão sem dúvida entre os mais eficazes nesta categoria de alimentos.

Entre os cereais, a cevada e o trigo sarraceno são os mais benéficos para os rins; no que diz respeito aos legumes do mar, sobretudo as algas Kombu, Hijiki, Wakame e Nori, têm todas elas a sua utilidade na melhoria do funcionamento destes órgãos.

Se os rins estiverem fracos, experimentemos a raiz de gengibre, que se pode beber em tisanas, comer como legume, ou aplicar em compressas.


5- O ELEMENTO ÁRVORE (MADEIRA) – FÍGADO E VESICULA BILIAR

Os alimentos gordurosos, as gorduras, o colesterol e o álcool em excesso prejudicam o fígado e a vesicula biliar.

As pessoa que sofrem de cálculos da vesícula biliar sentem geralmente uma dor aguda na zona situada por baixo do peito. Muitas vezes a vesícula biliar é retirada cirurgicamente, mas os cálculos podem ser eliminados naturalmente – podem ser dissolvidos na unidade deste órgão por uma simples mudança de alimentação, reduzindo de maneira drástica o consumo de gorduras e de carne rica em colesterol (ostras, pele das aves, pastas de fígado, banha de porco, gordura de aves, etc.).



QUADRO DOS 10 REGIMES DE GEORGES OHSAWA
Números
Cereais
%

Legumes

%
Sopas
%
Carnes
%
Saladas
%
Sobremesas
%
7
100
-
-
-
-
-
6
90
10
-
-
-
-
5
80
20
-
-
-
-
4
70
20
10
-
-
-
3
60
30
10
-
-
-
2
50
30
10
10
-
-
1
40
30
10
20
-
-
1
30
30
10
20
10
-
2
20
30
10
25
10
5
3
10
30
10
30
15
5


Um regime macrobiótico com dominância pelos cereais integrais, com uma grande variedade de legumes, leguminosas, algas e peixe deve poder fornecer todos os nutrientes necessários à manutenção ou ao regresso a um estado de saúde perfeitamente satisfatório.







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