quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A ENERGIA DOS ALIMENTOS




A ENERGIA DOS ALIMENTOS

Quando comemos, absorvemos a energia dos variados alimentos, que, por sua vez interagem com a nossa energia interna, modificando-a. A energia daí resultante poderá produzir um estado emocional diferente; ou produzir uma mudança na maneira de pensarmos, ou até levantar-nos o ânimo. Quanto mais tempo ingerirmos alimentos que transmitam um mesmo tipo de energia, tanto mais profunda e duradoura será em nós a sua influência. A energia proveniente de alimentos vivos é, naturalmente, mais benéfica que a energia proveniente de alimentos processados e desnaturados.

O que são os alimentos vivos
Considera-se que um alimento está vivo quando pode continuar a crescer. Por exemplo, se colocarmos cereais integrais, leguminosas secas ou sementes num pano húmido dentro de um lugar protegido da luz solar, germinarão. Se plantarmos uma fruta, possivelmente irá converter-se numa árvore; os legumes de raiz também podem ser replantados e dar início outra vez a um ciclo de crescimento; podemos conservar os legumes de folha verde submergindo os talos em água para que continuem vivendo. Por outro lado, nos alimentos fermentados tem lugar um micro processo onde prosperam enzimas vivas.
A energia de cada alimento é a soma total de tudo o que contribuiu para o seu crescimento. Actualmente é possível ver essa energia por meio da fotografia Kirlian. Os alimentos que já não estão vivos, como o peixe, a carne ou os produtos lácteos, ainda conservam energia vital, porém esta será menor que no caso dos alimentos que permanecem vivos até ao momento de os cozinharmos, que irá diminuindo com o decorrer do tempo. Igualmente, os alimentos processados possuem energia vital, porém é uma energia muito mais débil que a dos alimentos vivos.


FACTORES QUE INFLUENCIAM A ENERGIA DOS ALIMENTOS

A direcção em que crescem
Para cima, para baixo, para fora, na horizontal


O clima em que vivem
Tropical, temperado


A estação em que se desenvolvem
Primavera, Verão, Outono


Tipo e ambiente
Solo, água ou ar


A sua situação no ciclo de crescimento
Semente para uma nova vida ou completamente maduro


Onde crescem
Montanhas, planícies, solo rochoso, árvores, rios, mar


Desenvolvimento
Lento, rápido


A sua situação dentro do ciclo evolutivo
Primitivo, moderno


Alimentos locais
Alimentos tradicionais e naturais da zona


Mudar a nossa energia
O nosso corpo leva cerca de 10 dias para substituir a totalidade dos glóbulos brancos, de modo que se consumirmos alimentos de forte energia vital durante este espaço de tempo poderemos aumentar de modo significativo o nosso bem-estar. Em 4 meses, o nosso corpo substitui todos os glóbulos vermelhos, pelo que se seguirmos uma dieta curativa com esta duração produzir-se-ão mudanças mais profundas. Além disso, é um período de tempo suficiente para que possamos ter consciência como é sentirmo-nos de boa saúde. Em suma, poderemos reconstruir o corpo inteiro com base num certo tipo de energia e seleccionando os alimentos de acordo com o tipo de energia que desejamos promover.

A energia direccional dos alimentos
A direcção na qual crescem os diferentes alimentos também influencia a qualidade energética que nos transmitem. Quando os comemos, captamos parte da sua energia direccional, o que estimula a energia do corpo a mover-se nessa mesma direcção. Isto dá-se, sobretudo, com os legumes. Por exemplo, quando comemos legumes verdes como o aipo, a cebolinha ou a couve chinesa, a energia tende a mover-se para cima; estando a enviar-se mais energia para o coração e a cabeça, isso fará com que nos sintamos algo mais leves. Os legumes de raiz estimularão o assentamento da energia, pelo que se os consumirmos sentir-nos-emos fortalecidos na zona baixa do abdómen. Além disso, a energia tende a afastar-se da cabeça, o que vai favorecer o relaxamento, que sejamos mais práticos e que tenhamos os pés bem assentes na terra. Os legumes redondos dão origem a que a energia se expanda com suavidade, que produzirá uma sensação cálida de satisfação à volta do estômago. Os cereais cozinhados originam que a energia flua para dentro, enquanto os alimentos que tornam a energia ligeira, limpam.

As técnicas de preparação dos alimentos
Além dos ingredientes, as diferentes técnicas de preparação dos alimentos também influenciam no modo como flui a energia.
Cozinhar os alimentos no vapor estimulará um fluxo energético ascendente, fritá-los favorece o movimento da energia para fora, estufá-los em lume brando ajuda a que a energia desça; se utilizarmos uma panela de pressão tornaremos favorável o movimento energético centrípeto, e cozê-los estimula a fluidez. Por conseguinte, poderemos fazer um estufado de cenouras para estabilizar a energia ou cozinhar folhas verdes no vapor para favorecer a que a energia ascenda mais activamente.
Quando utilizamos os alimentos com fins curativos, temos a possibilidade de escolher os ingredientes e prepará-los de forma a que enviem energia vital saudável a certas partes do corpo. Por exemplo, podemos cozer folhas de couve no vapor para ajudar o corpo a superar uma congestão pulmonar, ou fritar cebolas para expandir a energia e, deste modo, estimular as zonas periféricas corporais. Inclusivamente existe a opção de utilizarmos uma combinação de energias: para estimular a mente, por exemplo, recomenda-se uma sopa de miso com cebola, couve chinesa e cebolinhas fritas, e se além disso juntarmos um pouco de gengibre ralado, a experiência será ainda mais intensa.

Os benefícios de cada estação
Foi o médico japonês Sagen Ishizuka quem primeiro propôs que comer alimentos de estação (da temporada) pode beneficiar a saúde. Deu-se conta de que, num clima temperado, os alimentos disponíveis em cada estação concreta são portadores da estrutura energética e biológica dessa estação e fazem-nos sentir em harmonia com as suas características climáticas. Isto aplica-se com facilidade às frutas: os morangos amadurecem em finais da Primavera; os damascos e os pêssegos estão no ponto no Verão; as amoras pretas aparecem no fim do Verão, ao passo que as peras e as maçãs estão prontas no Outono.
Com o decorrer do tempo, à medida que formos consumindo mais alimentos próprios de cada estação, começaremos a absorver a energia das estações com mais força e a estabelecer uma conexão mais poderosa com os ritmos da natureza. Isto, por seu lado, estimular-nos-á a adaptarmo-nos ao mundo em que vivemos, conceder-nos-á uma maior harmonia e fará com que nos sintamos mais flexíveis.

Algumas considerações acerca do clima
É certo que os alimentos que crescem de forma natural nos diversos climas encaixam perfeitamente com as pessoas que vivem nesses climas. De modo que, por exemplo, comer sobretudo alimentos tropicais e viver num clima frio não será o melhor para a saúde: o sangue poderia tornar-se demasiado fino, ou demasiado ácido, e faltar gorduras. Consumir alimentos próprios do clima em que vivemos permite-nos sentir mais em comunhão com as condições climatológicas de cada estação.

Os alimentos locais
Se desejarmos fortalecer a nossa relação com o meio ambiente, tentemos comer mais alimentos cultivados na zona (alimentos locais). Se a população local é saudável e com longa vida há várias gerações, poderemos acreditar que os alimentos tradicionalmente autóctones dar-nos-ão a energia e os nutrientes adequados para a nossa saúde. 


A DIRECÇÃO EM QUE CRESCEM OS ALIMENTOS

Para cima

Para fora

Para baixo

Horizontal







Alho francês

Cebolas

Cenoras

Pepino
Cebolinhas

Abóbora

Pastinagas

Raiz de lótus
Couve chinesa

Couve nabo

Daikon/rábano japonês

Curgete
Espargos

Nabos

Bardana


Folhas de couve

Repolho




Brócolos

Batatas




Couve flor

Batata doce




Salsa

Rábanos




Agriões

Gengibre






Alho






Ar, solo ou água
O meio em que se desenvolvem os alimentos também tem repercussões na energia que absorvemos comendo-os. As partes dos legumes que crescem acima do solo – como no caso dos legumes de folha verde, brócolos, couve-flor ou cebolinhas – absorvem a energia ampla e em constante mudança do ar, sobretudo se crescem no exterior ao ar livre e não numa estufa. Interagem com o ar e são estimuladas pelo Sol; também sofrem as mudanças de temperatura, assim como o vento e a chuva, a noite e o dia.
Aumentar o consumo de alimentos com esta qualidade energética pode ajudar-nos a equilibrar o nosso estado de ânimo, a aceitar as mudanças com melhor disposição e a adquirirmos uma perspectiva mais larga da vida.
Os legumes que se desenvolvem debaixo da terra alimentam-se num ambiente relativamente estável. A temperatura e a humidade influenciam as cenouras, as pastinagas, os rábanos e outros legumes deste tipo, porém estes factores mudam com relativa lentidão. Experimentemos consumir mais alimentos com esta qualidade energética para nos sentirmos com os pés mais assentes no chão e estáveis.
As algas e o peixe captam o fluxo e refluxo marinho. São expostos à luz solar, à noite e ao dia, porém estão submetidos a mudanças de temperatura lentas e breves. Nas algas esta energia tem uma qualidade elástica que nos ajudará a ser mais flexíveis, tenazes e tolerantes.







 


















Onde e como se cultivam os alimentos
O local onde cresceram os alimentos que consumimos também joga um papel importante no desenvolvimento da sua energia individual. A cenoura que teve que romper através de um solo rochoso terá uma energia diferente de outra cenoura que cresceu em solo bem lavrado e suave. A primeira desenvolveu uma energia tenaz e enérgica e, se comermos este tipo de cenoura com regularidade, também absorveremos em certa medida essa energia. Para aumentar a nossa força, experimentemos comer legumes com raízes retorcidas e assimétricas.
Os legumes de montanha, como o jinenjo, uma batata selvagem japonesa, possuem uma energia mais resistente e vertical em comparação com as cultivadas nas planícies.
Um peixe como o salmão selvagem terá um tipo de energia muito diferente do da lula. O salmão tem que nadar contra as correntes e saltar cascatas, ao passo que a lula nada em águas mais cálidas. Para uma situação em que tenhamos que defender o nosso ponto de vista pode ser conveniente o tipo de energia que proporciona o salmão, ao passo que para nos acalmarmos será melhor o da lula.
As frutas típicas de árvores frutíferas, como as maçãs, as ameixas, as laranjas e os limões crescem no alto, e isso confere-lhes um tipo de energia muito diferente ao do das frutas que se desenvolvem no solo. Ao estarem situadas a certa distância do solo, contêm uma energia propícia a deixar-nos afastados dos assuntos práticos quotidianos, de desenvolvimento da imaginação e duma espiritualidade mais elevada.

O ciclo de crescimento
Comer alimentos que estão no início do seu ciclo de crescimento, como as leguminosas, as sementes, os frutos secos e os cereais integrais, nutrir-nos-ão com uma energia associada ao princípio da vida. Esta energia juvenil é muito promissora e contém um espírito de que “tudo é possível”. Dispõe da energia necessária para o crescimento e a expansão. Georges Ohsawa dava muita importância ao continuarmos a manter, incluindo os adultos, a curiosidade e o desejo de questionarmos tudo como as crianças. Costumava usar a expressão non credo para referir-se a isso, que literalmente significa “não creias em nada”, ou por outras palavras: questiona tudo. Comer cereais e sementes ajudar-nos-á a redescobrir a sensação de surpresa e a dispormos do entusiasmo necessário para empreendermos novos desafios.
Alimentos como os legumes, o peixe e a carne alcançaram um grau de maturidade completo quando os comemos, sobretudo se não procedem de estufas nem tão pouco foram criados em cativeiro ou foram processados industrialmente, e transmitem uma energia que tem a ver com a sobrevivência. Absorver esta energia através dos alimentos, em especial através da carne ou do peixe provenientes de animais em liberdade, aumenta o reflexo de “luta ou fuga” e agudiza os nossos instintos de sobrevivência. Além disso, traz-nos maturidade que beneficiará e promoverá a experiência e a sabedoria da vida.
Existem outros alimentos dos quais comemos apenas a parte que alimenta as sementes durante o seu desenvolvimento. Por exemplo, a polpa de uma maçã alimenta as sementes; é uma espécie de comida para bebes. Isto, junto com os produtos lácteos de vaca ou de cabra, dá-nos o tipo de alimento que necessitamos durante os primeiros anos de vida. Acalmam, tranquilizam e nutrem.


ALGUNS EXEMPLOS DE ALIMENTOS VIVOS

Cereais integrais

Aveia, arroz, trigo, millet, cevada, maçaroca de milho, centeio, quinoa, amaranto, trigo sarraceno, kamute



Leguminosas secas

Lentilhas, feijão azuki, ervilhas, feijão mongo, feijão vermelho, feijão pinta, feijão manteiga, feijão frade, soja preto ou amarelo, feijão preto



Legumes

Legumes de folha verde, legumes de raiz, algas



Fruta fresca

Bagas, frutas de árvore como maçãs e peras, frutas de terra como melões e melancias



Sementes

Sésamo, girassol, abóbora, linho



Frutos secos

Amêndoas, avelãs, nozes, caju, nozes do Brasil (pacanas)



Produtos fermentados

Miso, shoyu, vinagres, iogurte, queijos frescos, tempeh, natto, pickles



Os tempos de crescimento
A velocidade a que cresce um alimento influencia a sua própria energia e, quando os ingerimos, também influenciará a nossa energia. Os rábanos, as curgetes, as abóboras e os pepinos crescem depressa e favorecem as mudanças energéticas rápidas. Os alimentos de crescimento lento repercutir-se-ão na nossa energia de maneira mais lenta, porém o seu impacto será mais duradouro.

Primitivos ou modernos ?
Consumir alimentos primitivos, como algas, mexilhões, amêijoas ou ostras, nutrirá a nossa energia com estímulos mais primários. Esta é a energia da sobrevivência e da reprodução, e, por conseguinte, este tipo de alimentos são ideais para fortalecer estes instintos. Os organismos simples da comida fermentada estimularão a nossa força interna primitiva. Estes alimentos são benéficos quando o que queremos é desfrutar do processo da vida.
As frutas são um exemplo de alimentos mais modernos. Comer fruta pode contribuir para elevar o nosso pensamento e proporcionam o nosso interesse pelo futuro.

Alimentos que nos beneficiam
Não devemos tomar nenhum destes conceitos como um “tudo ou nada”. Não se trata de que a nossa alimentação se vá basear exclusivamente em alimentos locais nem consumir unicamente produtos próprios do nosso clima e da estação.

Poderíamos experimentar consumir unicamente este tipo de alimentação durante algum tempo, ou simplesmente ter em conta os factores que melhor se adaptem às nossas necessidades actuais. Uma vez que adquiramos experiência, poderemos utilizar os princípios da Macrobiótica como e quando deles necessitarmos.




Autores de referência:
. Simon Brown





1 comentário:

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