O equilíbrio da relação
ácido-alcalino nos alimentos da nossa dieta diária, é a chave para uma boa
saúde, algo que os pioneiros da Macrobiótica Moderna (George Ohsawa e também
Sagen Ishizuka) descobriram muito cedo (finais do sec.XIX, princípios do
sec.XX).
Ácido
versus Alcalino
Numa dieta macrobiótica baseada
em alimentos vivos e integrais, os cereais e algumas leguminosas, como as
lentilhas, acidificam o sangue, enquanto os legumes/vegetais e as frutas o
alcalinizam – por esta razão, é importante consumir diariamente uma quantidade
similar de cereais e legumes/vegetais.
Se incluirmos peixe, produtos
lácteos e carne na nossa dieta, a nossa alimentação torna-se mais ácida e
aumenta a necessidade de alimentos alcalinos.
A comida “lixo” (de “plástico”),
o tabaco e o álcool têm todavia um impacto mais acidificante na dieta.
Sagen Ishizuka (médico militar
japonês do final do sec. XIX que curou Georges Ohsawa) afirmava que um excesso
de acidez geralmente provoca uma deterioração da saúde. Quando comemos mais
alimentos alcalinos, o corpo pode criar uma reserva de minerais, porém se a
nossa dieta é demasiado ácida, o organismo utilizará esta reserva para
recuperar o equilíbrio. E devido a que os minerais como o Fósforo saem
directamente dos ossos, isso poderia produzir debilidade óssea e um agravamento
da artrite.
Além disso, é sabido que um
estado geral de acidez potencia as dores de cabeça e o risco de cancro, e
diminui a resistência às infecções.
Conseguir
um bom equilíbrio
É muito mais simples para o corpo
equilibrar os efeitos dos alimentos que se encontram à volta da neutralidade,
do que tratar de equilibrar a influência de outros mais extremos. E ainda que
uma classificação de alimentos ácidos e alcalinos não seja suficiente para criar
uma dieta equilibrada, pode ser-nos útil para nos certificarmos de que a nossa
alimentação inclui quantidades adequadas de ambos os grupos.
Poderíamos começar por comer
quantidades similares de cereais e legumes, e depois tratar de juntar outros
alimentos, tanto ácidos como alcalinos.
Por exemplo, se comermos mais
peixe, convém que diminuamos ligeiramente os cereais e aumentemos a ingestão de
verduras ou frutas. Também poderíamos juntar limão ou uns bocaditos de
amêndoas.
Se costumamos tomar café ou bebidas
alcoólicas, tentemos introduzir na dieta mais alimentos alcalinos.
Para potenciarmos os alimentos
alcalinos na nossa alimentação, recomenda-se tomar uma ração diária de sopa de Miso (pasta fermentada de soja com um
cereal) com verduras e algas; também poderíamos utilizar mais o Millet e consumir menos outros cereais,
ou comer melão à sobremesa; além disso, poderemos preparar Tofu mais vezes em vez de leguminosas, beber “Chá de 3 Anos (Kukicha)” ou infusões, e tomar sumos de verduras ou
frutas acabados de espremer.
O
efeito da comida diária
Não é fácil fazer uma
classificação fiável de alimentos ácidos e alcalinos, porque alguns alimentos
que parecem ácidos, como o limão, actuam no nosso corpo como alcalinos. Os
tomates, por exemplo, consideram-se ligeiramente alcalinos (quanto mais maduros,
mais alcalinos), porém quando o estômago não produz suficientes ácidos ou a
glândula tiróide não funciona com normalidade, tornam-se ácidos; depende do
estado do nosso sistema digestivo.
As tabelas abaixo, proporcionam
um amplo guia no que diz respeito à acidez-alcalinidade de muitos alimentos
básicos, de acordo com a influência que exercem no nosso corpo.
“Um aparelho digestivo em boas
condições, saudável e equilibrado, é capaz de processar de vez em quando, um
pequeno volume de alimentos formadores de ácidos, mucosidades e gorduras. Porém,
se consumidos em excesso ou diariamente, os alimentos extremos que se indicam
podem levar a uma produção excessiva de mucosidades, gordura, acidez … e já
sabemos o que pode acarretar a acumulação de gordura, acidez ou mucosidade
dentro do nosso corpo." - Mercedes Calavia
Autores consultados:
Simon G. Brown
Mercedes Calavia
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