quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

ÁCIDO E ALCALINO




O equilíbrio da relação ácido-alcalino nos alimentos da nossa dieta diária, é a chave para uma boa saúde, algo que os pioneiros da Macrobiótica Moderna (George Ohsawa e também Sagen Ishizuka) descobriram muito cedo (finais do sec.XIX, princípios do sec.XX).


Ácido versus Alcalino
Numa dieta macrobiótica baseada em alimentos vivos e integrais, os cereais e algumas leguminosas, como as lentilhas, acidificam o sangue, enquanto os legumes/vegetais e as frutas o alcalinizam – por esta razão, é importante consumir diariamente uma quantidade similar de cereais e legumes/vegetais.
Se incluirmos peixe, produtos lácteos e carne na nossa dieta, a nossa alimentação torna-se mais ácida e aumenta a necessidade de alimentos alcalinos.
A comida “lixo” (de “plástico”), o tabaco e o álcool têm todavia um impacto mais acidificante na dieta.
Sagen Ishizuka (médico militar japonês do final do sec. XIX que curou Georges Ohsawa) afirmava que um excesso de acidez geralmente provoca uma deterioração da saúde. Quando comemos mais alimentos alcalinos, o corpo pode criar uma reserva de minerais, porém se a nossa dieta é demasiado ácida, o organismo utilizará esta reserva para recuperar o equilíbrio. E devido a que os minerais como o Fósforo saem directamente dos ossos, isso poderia produzir debilidade óssea e um agravamento da artrite.
Além disso, é sabido que um estado geral de acidez potencia as dores de cabeça e o risco de cancro, e diminui a resistência às infecções.

Conseguir um bom equilíbrio
É muito mais simples para o corpo equilibrar os efeitos dos alimentos que se encontram à volta da neutralidade, do que tratar de equilibrar a influência de outros mais extremos. E ainda que uma classificação de alimentos ácidos e alcalinos não seja suficiente para criar uma dieta equilibrada, pode ser-nos útil para nos certificarmos de que a nossa alimentação inclui quantidades adequadas de ambos os grupos.
Poderíamos começar por comer quantidades similares de cereais e legumes, e depois tratar de juntar outros alimentos, tanto ácidos como alcalinos.
Por exemplo, se comermos mais peixe, convém que diminuamos ligeiramente os cereais e aumentemos a ingestão de verduras ou frutas. Também poderíamos juntar limão ou uns bocaditos de amêndoas.
Se costumamos tomar café ou bebidas alcoólicas, tentemos introduzir na dieta mais alimentos alcalinos.
Para potenciarmos os alimentos alcalinos na nossa alimentação, recomenda-se tomar uma ração diária de sopa de Miso (pasta fermentada de soja com um cereal) com verduras e algas; também poderíamos utilizar mais o Millet e consumir menos outros cereais, ou comer melão à sobremesa; além disso, poderemos preparar Tofu mais vezes em vez de leguminosas, beber “Chá de 3 Anos (Kukicha)” ou infusões, e tomar sumos de verduras ou frutas acabados de espremer.

O efeito da comida diária
Não é fácil fazer uma classificação fiável de alimentos ácidos e alcalinos, porque alguns alimentos que parecem ácidos, como o limão, actuam no nosso corpo como alcalinos. Os tomates, por exemplo, consideram-se ligeiramente alcalinos (quanto mais maduros, mais alcalinos), porém quando o estômago não produz suficientes ácidos ou a glândula tiróide não funciona com normalidade, tornam-se ácidos; depende do estado do nosso sistema digestivo.
As tabelas abaixo, proporcionam um amplo guia no que diz respeito à acidez-alcalinidade de muitos alimentos básicos, de acordo com a influência que exercem no nosso corpo.



“Um aparelho digestivo em boas condições, saudável e equilibrado, é capaz de processar de vez em quando, um pequeno volume de alimentos formadores de ácidos, mucosidades e gorduras. Porém, se consumidos em excesso ou diariamente, os alimentos extremos que se indicam podem levar a uma produção excessiva de mucosidades, gordura, acidez … e já sabemos o que pode acarretar a acumulação de gordura, acidez ou mucosidade dentro do nosso corpo." - Mercedes Calavia











Autores consultados:
Simon G. Brown
Mercedes Calavia














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