terça-feira, 22 de abril de 2014

A CEVADA – a grande esquecida …















CEREAIS INTEGRAIS

A CEVADA – a grande esquecida …

A cevada é um cereal altamente recomendável, devido às excelentes propriedades terapêuticas e nutricionais, sobretudo na Primavera-Verão já que nutre, relaxa e refresca o fígado e vesícula biliar. Deve incluir-se na lista dos cereais de uso regular, em paralelo com o arroz integral (cereal mais equilibrado e desintoxicante), o Millet (grande aporte energético) e a Quinoa (mesmo não sendo um cereal é muito digestivo e ligeiro).
Adapta-se muito bem aos diferentes climas.

A cevada é untuosa quando se mastiga, extremamente digestiva e nutritiva. Hipócrates, o pai da medicina ocidental, recomendava as sopas de cevada para restituir a vitalidade aos convalescentes e modelava a sua ração em função da doença. Jesus distribui pães de cevada como prato principal aquando do Sermão da Montanha e na Última Ceia.

Existem vários tipos de cevada. Os mais conhecidos são: a cevada de grão normal; a cevadinha (mais pequena, de sabor mais leve e mais fácil de cozinhar); no extremo Oriente existe ainda uma variedade especial de cevada integral, a chamada “cevada pérola ou Lágrima de Jacob”, cujo grão é mais pequeno, mais branco e mais compacto que o da cevada normal. Particularmente deliciosa e calmante, a cevada pérola é tradicionalmente utilizada pelas suas propriedades medicinais. É utilizada ocasionalmente, não só pelo seu elevado preço, mas também pelo seu poder de limpeza do organismo (Exº do caso do tratamento para o cancro que se utiliza apenas uma a duas vezes por semana). Não confundir esta variedade com a “cevada perolada” polida agro-alimentar, que perdeu a maior parte das suas vitaminas e minerais.

A cevada é um cereal indicado para o relaxamento e para o bom funcionamento do fígado, auxiliando-o na digestão dos alimentos mais pesados e mais ricos em gorduras. Bom para as pessoas muito tensas e irritáveis (pessoas com “maus fígados”).

Pode encontrar-se em grão, flocos e farinha. A sua acção é mais eficaz em grão. Pode ainda encontrar-se em grão tostado para confeccionar chá (Mugi cha), que sabe a café, com acção relaxante – tostar o grão até ficar com cor castanha e ferver em água da fonte durante 10 minutos.

A cevada tem um gosto mais ou menos suave e pode utilizar-se em sopas, estufados, salteados com vegetais ou como prato principal (cozido em mistura com o arroz integral ou outros cereais). É utilizado ainda na fabricação de pão, brioches e outras preparações no forno e de cervejas e outras bebidas alcoólicas.
Para ficar macia deve demolhar-se durante 5 ou 6 horas, antes de cozinhar.

A sua untuosidade reforça a consistência dos pratos e dá um ligeiro toque refrescante sobretudo no Verão durante os meses de calor.

Pode também juntar-se aos pratos de legumes, dando elasticidade, como a abóbora e as couves.


CARACTERÍSTICAS NUTRICIONAISN DA CEVADA

Originária da Ásia ocidental e da África norte-oriental, a cevada é um dos cereais mais antigos no mundo enquanto produto alimentar humano e cultiva-se há milhares de anos, tanto no Oriente como no Ocidente. 

Foi o principal alimento de base – e a principal produção – do Egipto (no tempo dos faraós), da Grécia e da Roma antigas, da época da Terra Santa e do Tibete.

Tem mais proteína e menos glúten que o trigo. A mistura que se faz em certas regiões de farinha de cevada com farinha de trigo para o fabrico do pão, é altamente benéfica, torna o pão mais compacto e macio, e enriquece-o com mais proteína (lisina).

É uma boa fonte de inositol, que evita a rigidez dos capilares, tonifica o coração, regula o colesterol, evita a acumulação de gorduras no fígado, protege o sistema nervoso e combate a ansiedade e a depressão. Também contém vitaminas do grupo B, ácido fólico, colina e vitamina K.

No que respeita a minerais a cevada é boa fonte de potássio, magnésio e fósforo. Porém a sua maior riqueza é em oligoelementos: ferro, enxofre, cobre, zinco, manganésio, cromo, selénio, iodo e molibdeno.

Além disso, a cevada contém outras substâncias benéficas, como os lignanos, antioxidantes e protectores do cancro.

PROPRIEDADES DA CEVADA

É emoliente, reconstituinte, digestiva, diurética, desintoxicante, tónica, ligeiramente vasoconstritora, anti-inflamatória, laxante, alcalinizante, anticéptica, mineralizante e galactagoga (incrementa a produção do leite). 

É um cereal muito digerível quando bem cozinhado. Estimula o sistema neurovegetativo, sendo aconselhada como tónico nervoso e cardíaco. Útil tanto para o trabalho físico como intelectual.

É indicado para as curas hepáticas da Primavera. Além disso é desintoxicante, sobretudo a nível estomacal, intestinal e pulmonar. No gérmen possui uma substância – hordeina – que actua como anticéptico intestinal, sendo indicada nas enterites, colites, diarreias, cólera e infecções várias. A água de cevada – macerar 50 g num litro de água e ferver durante 15 a 20 minutos, coar, pode-se adoçar com melaço ou mel de cereal – é um remédio popular que se utilizava contra a tuberculose e afecções intestinais. Também é útil para desintoxicar o baço e os rins.

Nos EUA descobriram na cevada a presença de substâncias inibidoras (tocotrienóis) que bloqueiam a produção hepática de colesterol LDL (considerado como “mau”). O efeito anticolesterol da cevada é potenciado pelo seu conteúdo em fibra solúvel (beta glucanos). Esta fibra também protege as mucosas intestinais irritadas e é responsável pelo efeito hipoglicemiante, em associação com o seu bom conteúdo de cromo.

Também se tem falado do efeito anticancerígeno da cevada, sobretudo a nível do aparelho digestivo, devido à presença de certas enzimas. Também a actividade digestiva geral é tonificada pelo seu conteúdo enzimático (diástases), razão pela qual se a aconselha na alimentação de crianças, idosos e convalescentes.

A Universidade de Telavive (Israel) comprovou a propriedade laxante da cevada: a ingestão diária de 1/3 de taça cozinhada, foi suficiente para que 79% dos doentes eliminassem a prisão de ventre. Isto deve-se ao bom conteúdo de fibra solúvel, imprescindível para o equilíbrio da flora intestinal.

Resumindo, o consumo de cevada é indicado para: nefrite, cistite, próstatite, afecções pulmonares, gastrite, acidez, colesterol elevado, anemia, convalescenças, debilidade, infância, arteriosclerose, afecções coronárias, diabetes, depressão, ansiedade, prisão de ventre, menopausa (aporta fito hormonas de efeito estrogénico), tumores (especialmente do estômago e do cólon), dispepsia, osteoporose, lactância, rigidez articular, edemas, reuma, stresse, problemas hepáticos e biliares.




domingo, 13 de abril de 2014

O JEJUM INTERMITENTE

















O JEJUM INTERMITENTE

O jejum intermitente é uma arma ancestral cujos segredos vou deixar-vos aqui, a fim de transformar a vossa vida e colocar todas as chances do vosso lado para estarem de boa saúde. Ireis descobrir que o jejum intermitente é uma via real para economizar dinheiro e tempo e melhorar significativamente o vosso estado de saúde. Este método “moderno” é de facto o resultado de uma longa cadeia evolutiva herdada dos nossos antepassados. Há milhares de anos, os nossos antepassados jejuavam por intermitência. Este comportamento evolutivo desenvolvido ao longo de milhares de gerações está idealmente adaptado ao nosso organismo. O jejum intermitente confere energia e dinamismo para as longas jornadas de trabalho e igualmente descontracção e relaxação nas vossas noites de sono. Sigam este método que está inscrito em cada um de vocês, e economizarão, pelo menos, 3.000 euros por ano. Terão ao vosso dispor 1 hora livre todos os dias, até mesmo mais, para as vossas actividades favoritas. E bem mais, desfrutareis de um prazer sem nome, sinónimo do fim do vosso encarceramento na nossa sociedade de consumo, a liberdade.

As bases do jejum intermitente

O jejum intermitente, Intermittent Fasting (IF) em inglês, é uma forma de jejum muito mal conhecida e muitas vezes confundido com o jejum terapêutico. Este método não consiste em jejuar 1 semana ou mais sem actividade, tendo como único reconforto o líquido de um caldo de legumes. Ireis jejuar menos tempo – entre 16 e 24 horas – mas regularmente: 3, 4 ou 6 vezes por semana.

Escolha a sua “janela” ideal

Os seus dias dividir-se-ão doravante em dois grandes períodos:
1.       Um período de jejum – 16 horas neste exemplo
2.       Um período para se alimentar – 8 horas

Deverá agora escolher onde colocar a sua “janela” de 16 horas de jejum, segundo as suas preferências e as suas disponibilidades.

Cada um deverá ajustar a sua janela em função dos seus imperativos. Se você começar a comer a partir do meio-dia (com os colegas), comerá a sua última “bucha” do dia antes das 20 horas. Cabe-lhe a si fazer os ajustamentos necessários no dia-a-dia.

Qualquer que seja a sua escolha, você jejuará sempre 8 horas – em média – na sua cama e deverá colocar as restantes 8 horas durante o dia. Se for de manhã você irá dormir de “barriga cheia”. Se for de tarde, irá para a cama de “barriga vazia”.

Se decidir jejuar de tarde, o problema é seu. Mas deverá saber que dormir de barriga vazia é bem mais difícil de gerir do que de barriga cheia. A maioria das pessoas faz o jejum intermitente saltando o pequeno-almoço. Falo por experiência, experimentei os dois métodos para verificar estas afirmações. Resultados ? Fiz 3 meses de jejum deitando-me depois de ter comido, ao passo que nem 3 dias jejuei sem comer nada durante a tarde !

“ 3 refeições diárias ”

Hoje em dia, as sacrossantas “3 refeições diárias” são pilares da nossa sociedade de consumo. Dão-nos orientações nutricionais e melhoram a coesão social. Falso ! 1/3 das famílias francesas comem em cima do joelho, na rua, sozinhos, sem respeitarem as mais pequenas recomendações nutricionais.

E devemos juntar a isto os lanches e as merendas antes do almoço e do jantar. Rapidamente daremos conta da omnipresença da comida nas nossas vidas, do tempo e do dinheiro que é preciso consagrar-lhe todos os dias.
Em casa, contai com 20 minutos para comer (bem) e outro tanto para preparar a refeição. Juntai o lavar da louça e o tempo para digerir, e atingirá facilmente 1 hora ou até mais. Poucas pessoas dispõem de uma hora de manhã, para fazer isto tudo. Ficareis mal comido ou cheios de pressa, deixando a louça para mais tarde, ou decidireis comer 2 pães com chocolate na rua (provavelmente a pior das escolhas).

A manhã foi feita para si

Utilize esta margem horária, por fim livre de toda a responsabilidade alimentar, para fazer o que sempre quis fazer:
·         Fazem-lhe falta 30 minutos diários de exercício físico para esculpir o seu corpo ?! Pode fazê-lo. Faça as suas 5 séries de exercícios de musculação e parta vaidoso para o trabalho com esta nova disciplina.
·         Anda à procura de tempo para escrever uns artigos no seu blog ? Gaste 45 minutos de manhã para as suas pesquisas e escritas e passe a noite com a sua família.

·         Muito simplesmente, dormir mais uma hora torná-lo-ia feliz ? Aí a tem.

·         Há já 1 ano que deseja meditar 30 minutos ao acordar ? Daqui por diante já é possível.

Uma infinidade de possibilidades abrem-se diante de si, redescubra a felicidade de fazer a sua actividade favorita ou de encontrar uma. Mas sobretudo, livre-se do horror das tarefas domésticas ao acordar, das nódoas de doce na camisa e das indigestões matinais.

Tempo é dinheiro

E toda a gente o sabe. Jejuar durante 16 horas, é reduzir mecanicamente o seu consumo de alimentos de 20 a 30%.

Mas e para a carteira ? Uma baixa de 20 a 30% do seu consumo fá-lo-á economizar 1.900/ano ou seja 19.000 euros em 10 anos !

2.000 euros do orçamento alimentar desaparecem todos os anos em snacks e restaurantes em refeições já cozinhadas. Estas refeições são principalmente encomendadas durante a pausa do almoço e são evidentemente mais caras do que as mesmas refeições preparadas por si próprio. Imagine agora que tinha 30 minutos livres de manhã para preparar um almoço económico, saudável e ao seu gosto ? Faça-o, e espere reduzir 600 euros às suas despesas por ano, ou seja, 6.000 euros em 10 anos (VER a Referência 1 no fim do artigo).

A partir do momento em que tenha tempo livre, terá a possibilidade de trabalhar para si. Poderá aumentar a sua produtividade, as suas criações de obras ou coaching à distância, por exemplo. Tudo isto contribui para aumentar a sua estima pessoal, o seu capital pessoal e talvez mesmo a sua conta bancária, mesmo se este último ponto for inapreciável.

A saúde é um bónus

O jejum intermitente é desconhecido do grande público mas não dos cientistas. É bem mesmo ao contrário. Numerosos anos de observações, de experiências e de resultados, provam a eficácia do jejum intermitente para melhorar a sua saúde … a todos os níveis (VER as Referências 2, 3, 4, 5 no fim do artigo).

O jejum intermitente protege eficazmente as células nervosas do cérebro contra as degenerescências (desgastes oxidativos), e mais particularmente, contra a doença de Alzheimer e de Parkinson. Mas não apenas, o jejum intermitente aumenta a secreção de uma hormona – a adiponectina – que previne eficazmente os riscos de enfarte, inflamações e isquémias do miocárdio.

 Esta prática restabelece um melhor controlo da glicemia (taxa de açúcar no sangue) graças a uma sensibilidade acrescida das células à insulina. Esta hormona é fundamental ao bom funcionamento do organismo. Se estiver em concentração muito elevada, vai levar a um grande aumento de peso e um risco acrescido para fazer diabetes melito. O jejum intermitente baixa as concentrações muito elevadas de insulina, e diminui a morbilidade. Adicionalmente, a secreção GH (Growth Hormon), a hormona de crescimento “queima-gorduras”, é acrescida de 2.000% no homem e de 1.300% nas mulheres.

Se decidir saltar o pequeno-almoço, a janela óptima, irá estimular o seu sistema nervoso simpático – em lugar do parassimpático – que irá aumentar o seu estado de vigilância, a sua resistência ao stress e a sua utilização das reservas adiposas (massa gorda). Resultados ? Um ganho de energia até à primeira refeição do dia, uma eficácia acrescida no trabalho, menos sonolência, nenhum problema digestivo e um retorno progressivo ao seu peso ideal.

Ultimamente, o jejum intermitente luta eficazmente contra as doenças da velhice. Ele retarda e até suprime mesmo os efeitos da idade e do envelhecimento. Por fim, e não menos importante, a esperança de vida fica aumentada.
Praticar o jejum intermitente, é apostar numa saúde de ferro. O seu médico será posto de parte e todas as despesas – pelo menos 500 euros/ano, sejam 5.000 euros em 10 anos – irão com ele.

O medo da barriga

“É preciso comer para viver”. Hoje, esta frase não tem verdadeiramente sentido. A espécie humana suplantou as leis da natureza, nós sobre produzimos bens alimentares. O acesso aos alimentos é ultra facilitado para nos levar a consumir, cada vez mais. Estamos em vias de “viver para comer”.

A maior parte de entre vós pensa que é imperativo tomar o pequeno-almoço para não cair para o lado no escritório às 11 horas da manhã devido a uma hipoglicémia. A maior parte de entre vós pensa que jejuar 16 ou 24 horas vos irá reter na cama, e obrigará o vosso organismo a devorar os músculos ou os órgãos vitais.
A indústria agro-alimentar conseguiu a incrível façanha de vos dar cada vez mais calorias, mais comida, e de vos fazer crer que ainda não comem o suficiente.

A alimentação irá doravante tornar-se numa ferramenta, que receberá um mínimo de atenção para um máximo de resultados.

Ousará dar o passo ?

Não existe apenas um método de jejum intermitente, mas uma multitude de combinações segundo os vossos gostos e disponibilidades. Pessoalmente, eu jejuo 16 horas por dia, das 22 horas às 14 horas, de segunda a sexta feira. No sábado e domingo, são refeições em família, refeições improvisadas, quero a minha liberdade.

Um outro método ? Existe um jejum intermitente muito célebre – o Fast 5 – que requer uma grande disciplina, e que consiste em jejuar 19 horas por dia. Ideal para restabelecer uma silhueta de sonho. Podeis igualmente jejuar 2 x 24 horas por semana, não mais. Resultados garantidos.

Mas o jejum intermitente, é sobretudo fácil. Mesmo que você coma de 3 em 3 horas, o corpo habitua-se muito rapidamente (em 3 dias no meu caso) às mudanças de ritmo. Porquê ? Nós somos pré dispostos a jejuar por intermitência todos os dias desde a noite dos tempos. Os nossos antepassados alimentaram-se desta maneira durante milhões de anos, em que uma única refeição por dia, à noite e em família, era a norma.

Hoje, as nossas tradições e os nossos costumes mudaram muito, mas as nossas funções vitais e o nosso funcionamento óptimo estão conservados no fundo de cada um de nós.

O jejum intermitente devolve-nos as nossas armas ancestrais para lutarmos contra os flagelos da sociedade de consumo moderna, e pelo menos 3.000 euros de economia por ano para investirmos onde desejarmos.

O que espera para experimentar ?

Referências

1.       Insee, inquérito orçamental das famílias, 2006.
2.       Martin, B., Mattson, M.P. & Maudsley, S. 2006. Caloric restriction and intermittent fasting: Two potencial diets, for successful brain aging. Ageing Research Reviews, 5, 332-353.
3.       Masoro, E.J. 2000. Caloric restriction and aging: an update. Experimental Gerontology, 35, 299-305.
4.       Mattson, M.P. & Wan, R. 2005. Beneficial effects of intermittent fasting and caloric restriction on the cardiovascular and cerebrovascular systems. The Journal of Nutricional Biochemistry, 16, 129-137.
5.       Varady, K.A. & Hellerstein, M.K. 2007. Alternate day fasting and chronic disease prevention: a review of human and animal trials. The American Journal of Clinical Nutrition, 86, 7-13.


Jérémy Anso é o autor do blog “Dur à avaler” (Difícil de engolir) – http://www.dur-a-avaler.com/  – onde nos faz partilhar a sua visão científica do impacto da nossa alimentação e dos nossos comportamentos na saúde humana.

VER mais em: http://www.objectifsliberte.fr/faire-un-jeune.html (o Blog da Liberdade)






sábado, 12 de abril de 2014

A NOSSA MICROBIÓTICA INTESTINAL - As bactérias que nos governam



















A NOSSA MICROBIÓTICA INTESTINAL
As bactérias que nos governam
(GérardWenker, Fev./2013)

Os cientistas acabam de descobrir a “micobiótica”, um novo órgão, não composto por células humanas, mas por uma massa de bactérias que pesa mais de 2 Kg, que se localiza no interior da parede do intestino grosso. Esta descoberta altera a percepção que se tinha do corpo humano e abre a porta à compreensão à priori de numerosas doenças, tão longe umas das outras, como a obesidade e o autismo.

Trata-se de um vídeo da TV suíça. Algumas passagens são bastante nauseabundas …

Ora bem … ! tiveram muito tempo  para as descobrir … todos sabemos que só descobrirmos o que procuramos … mas mesmo assim, os “macrobiotas” conhecem há muito tempo a importância primordial dos intestinos !

Georges Ohsawa, pai da Macrobiótica do sec. XX, ensinou-nos que a alimentação macrobiótica melhora o julgamento (discernimento) e por consequência determina o comportamento justo.




























Basta praticar a mono-dieta nº 7 de cereais de Ohsawa durante 10 dias para nos convencermos disso.

Ao fim de alguns meses de alimentação macrobiótica equilibrada poderemos constatar não só a que ponto a nossa saúde melhora, mas também o nosso estado de espírito se torna mais vivo, mais incisivo, mais claro.
Ao contrário de um tratamento com antibióticos que pode ser prejudicial à saúde, destruindo sem distinção a totalidade da flora bacteriana intestinal.

O vídeo e o tratamento propostos, parecem abrir perspectivas inovadoras incontestadas, totalmente contra correntes do dogma habitual dos procedimentos anticépticos e de esterilização.

O que sobressai igualmente neste estudo é a conexão entre o intestino e o cérebro, que vem fortalecer a relação entre a alimentação e as funções cognitivas que sempre foram postas em destaque nas nossas recomendações de saúde.

Resumindo, mesmo não sendo médico, o autor retira destas experiências que, num futuro próximo poderemos curar a maior parte das doenças intestinais: prisão de ventre e diarreias crónicas – gastroenterites – hemorróides – colites – “turista” – “amiblase” – síndrome do cólon irritado e todos os problemas de trânsito intestinal – cancro do cólon – pólipos – oclusão intestinal – cólera – recto colite – doença de Hirschprung – megadolcocólon – apendicite – péritonite – doença de Crohn – doença do celíaco e problemas cognitivos ligados.

Seguem alguns métodos naturais que preservarão a tão preciosa massa microbiótica das pessoas saudáveis ou que a reconstituam rapidamente caso tenha sido destruída na totalidade (a flora bacteriana) por tratamentos agressivos (químio, septicemia, raios).
Antes de mais, devemos alimentar-nos, tanto quanto possível, segundo os princípios macrobióticos de base (alimentação macrobiótica padrão).

Precauções e recomendações:
·         Ter muito cuidado com os alimentos aquando da preparação da refeição
·         Utilizar cereais integrais frescos e de cultura biológica
·         Lavá-los ligeiramente em água fria e escorrê-los
·         Mastigar todas as manhãs uma colher de sopa de arroz integral cru e de sementes de abóbora
·         Evitar cozinhar os cereais na panela de pressão
·         Os legumes serão lavados e bem escovado com uma escova para vegetais
·         Nunca descascá-los e conservar o colo e as radículas
·         Cortar os legumes segundo o método yin-yang
·         Privilegiar o cozimento dos legumes no vapor livre (cestos/panela de vários andares)

Para todos os casos, e especialmente para quem tenha siso submetido a um tratamento pesado com antibióticos no caso de doença infecciosa – doença do legionário, septicemia, doença de Lyme, tuberculose, cólera, etc. – que destruiu a flora bacteriana do estômago e dos intestinos:
·         Preparar e consumir diariamente pickles caseiros de legumes
·         Comer a cada refeição pickles ou chucrute cru
·         Beber regularmente o sumo dos pickles
·         Ralar uma cenoura e um rábano negro ou branco com a casca e juntar sumo de umeboshi ou, ainda melhor, uma ameixa umeboshi esmagada
·         Nunca descascar os frutos frescos crus – lavá-los debaixo de água fria e limpá-los com um pano próprio
·         Nunca usar dentífricos bactericidas do comércio
·         Auto diagnosticar a língua todas as manhãs
·         Utilizar dentífricos naturais, dentie ou sal marinho grosso
·         Mastigar bastante tempo e com calma cada garfada
·         Consumir o menos possível produtos industrializados pasteurizados, esterilizados  – produtos lácteos, latas de conserva, pratos preparados em micro-ondas
·         Quem comer carne, deve privilegiar a carne crua em Tártaro
·         Idem para o peixe
·         Quem comer pão, dar prioridade ao pão integral biológico de levedura
·         Utilizar diariamente Miso e Tahin não pasteurizados para barrar o pão biológico de levedura

Como poderemos compreender, estas indicações têm por objectivo:
1.       Favorecer o desenvolvimento de bactérias indispensáveis ao bom funcionamento do sistema digestivo e cognitivo
2.       Evitar o consumo de produtos antibióticos ou esterilizados

No caso da destruição total da massa bacteriana que, como vimos, passará a chamar-se “microbiótica”, a sua reconstituição gradual completa pelos meios acima indicados poderá levar 3 a 6 meses.
Caso contrário não chegará a reconstituir-se totalmente, levando por esse facto a numerosos problemas de digestão, baixa de imunidade, fadiga crónica, etc.


Site para aprender a preparar pickles:



sexta-feira, 11 de abril de 2014

ALIMENTOS ÁCIDOS – ALIMENTOS ALCALINOS




ALIMENTOS ÁCIDOS – ALIMENTOS ALCALINOS

O equilíbrio ácido-alcalino e a saúde
O equilíbrio químico no nosso organismo tem uma importância fundamental para a manutenção da saúde e a erradicação das doenças. A acidose, ou a elevada acidez nos tecidos do corpo, é uma das causas básicas de muitas doenças, sobretudo da artrite e das doenças reumáticas.
O corpo faz a “combustão” dos alimentos, comummente chamada digestão, que pode ser neutra, ácida ou alcalina, dependendo em grande medida da composição mineral dos produtos alimentares. Alguns alimentos deixam um resíduo ácido, outros são alcalinizantes. O resíduo ácido (ou acidose) dá-se quando há um esgotamento da reserva alcalina ou da diminuição no abastecimento da reserva de bases fixas no sangue e tecidos do corpo.
É, portanto, sumamente importante que haja uma proporção adequada entre os alimentos ácidos e alcalinos que ingerimos. Quando se mantém essa proporção adequada, o corpo tem uma resistência mais forte contra as doenças. Em geral, na cura da doença, quando o paciente tem o índice de acidez muito elevado, a sua recuperação será mais rápida se aumentarmos a proporção de elementos alcalinos na sua dieta. Os elementos alcalinos neutralizam os elementos ácidos. Portanto, no tratamento da maior parte das doenças, é importante que a dieta do paciente inclua muitos produtos alcalinizantes.
Um corpo saudável, guarda em geral grandes reservas alcalinas, que serão utilizadas como recurso de emergência se se consumirem demasiados produtos alimentares que produzam acidose. É normal que estas reservas se possam esgotar. O corpo só pode funcionar normalmente e manter-se saudável se tiver reservas alcalinas e com a proporção ácida-alcalina adequadas em todos os tecidos do corpo e no sangue.

Dito isto, em que proporções devemos consumir alimentos acidificantes e alcalinizantes ?
Como tudo na alimentação, a proporção correcta de cada refeição varia de acordo com cada pessoa, seu metabolismo, sua actividade física, com os alimentos que tenha comido antes, e possivelmente também com a qualidade e ritmo da sua respiração – a respiração profunda alcaliniza o organismo. Muitos dietistas recomendam uma proporção de 1 parte de alimentos acidificantes para 3 partes de alimentos alcalinizantes ou 20% - 80%  ácido-alcalino. Isto pode ser conveniente, por exemplo, para pessoas que fazem muito exercício físico, criam muito ácido e necessitam alcalinizar-se – incluindo as práticas intensas de posturas de yoga (asanas), que se equilibram com a prática de técnicas de respiração (pranayama) e com uma proporção adequada de alimentos alcalinizantes.

Como sabemos que perdemos o equilíbrio ácido-alcalino ?
A resposta é: prestando atenção aos sinais do nosso corpo. É mais fácil ter um excesso de acidez do que um excesso de alcalinidade, já que os produtos que geralmente são consumidos em demasia e que a produzem, são os doces, as farinhas, as gorduras e a proteína animal. Os sintomas de excesso de acidez são:
- Sabor amargo ou viscoso na boca ao levantar
- Ânsia de cítricos ou café ao pequeno almoço – com efeito alcalinizante para acalmar o anterior sintoma
                - Desmineralização que cria problemas nervosos e emocionais
                - Cáries
                - Unhas quebradiças
                - Debilidade geral
Um problema de hiper-alcalinização apenas pode resultar de uma hiperventilação, vomitar muito ou comer grandes quantidades de verduras ou frutas se não se equilibrarem com cereais ou com proteínas.

O QUE NOS DIZ A MACROBIÓTICA SOBRE A ACIDEZ–ALCALINIDADE
Do ponto de vista macrobiótico, além do equilíbrio yin/yang, o equilíbrio entre alimentos ácidos/alcalinos também tem grande importância.
Todos os alimentos podem dividir-se em yin e yang de acordo com a filosofia oriental e em alimentos acidificantes e alcalinizantes segundo a ciência Ocidental. Quando combinamos estes dois conceitos, obtemos quatro divisões básicas. Os alimentos de cada grupo foram ordenados dentro da sua categoria do mais yin ao mais yang:


1. Yin, alcalinizante

2. Yin, acidificante
3. Yang, alcalinizante
4. Yang, acidificante
mel, café, chá de ervas aromáticas, gengibre, especiarias, frutas, sementes, a maior parte das verduras, alguns legumes
drogas químicas, medicamentos, açúcar, rebuçados, refrigerantes, bebidas alcoólicas, alguns legumes, nozes

chá de 3 anos (bancha), chá dente de leão, raiz de lótus, raiz de bardana, gomásio, shoyu, miso, umeboshi, sal

cereais, peixe, queijo, frango, porco, carne de vaca, ovos

Para manter os fluidos do corpo – sangue e líquidos celulares e intercelulares – alcalinos, quando consumimos alimentos acidificantes, como por exemplo peixe, é importante equilibrá-los com alimentos alcalinizantes, tomando consciência do equilíbrio yin-yang.
Por exemplo: peixe (yang, ácido) com rabanete ralado, verduras verdes escaldadas ou gengibre (yin, alcalino).
Os alimentos da categoria 1 equilibram-se bem com os da categoria 4 e os alimentos da categoria 2, completam-se com os da categoria 3. Contudo, deve destacar-se que os alimentos yin extremamente acidificantes como as drogas, medicamentos e o açúcar, são demasiado yin para poderem equilibrar-se com qualquer outro alimento alcalinizante.
As percentagens da dieta macrobiótica padrão devem ajustar-se segundo a estação do ano, o clima, a actividade e constituição da pessoa.

LISTAGEM DE ALIMENTOS SEGUNDO O SEU GRAU DE ALCALINIDADE OU ACIDEZ
Muitos cereais integrais são acidificantes, exceptuando o millet e o trigo sarraceno que se consideram alcalinos. Os germinados alcalinizam-se durante o processo da germinação.
Todos os sumos de verduras e frutas são altamente alcalinos. Os mais alcalinizantes são: os sumos de verduras verdes, de cenoura, beterraba, aipo, abacaxi e citrinos – estes dois últimos para climas muito quentes ou tropicais.
O sabor ácido duma fruta não indica que seja acidificante – como por exemplo, o caso dos limões que são alcalinizantes.
O caldo de verduras é uma bebida muito alcalinizante.

Do mais alcalino ao menos alcalino:
·         Edulcorantes:
Stevia (vegetal, adoçante natural), xarope de ácer, mel de arroz, mel cru, açúcar em bruto.
·         Frutas:
Limões, melancia, tília, toranja, manga, papaia, datas, figos, melão, uvas, kiwi, mirtilos, maçãs, peras, laranjas, passas, bananas, cerejas, abacaxi, pêssegos, abacates.
·         Legumes, verduras e hortaliças:
Espargos, cebolas, sumos de verdura, salsa, espinafres crus, brócolos, alho, abóboras, feijão verde, beterraba, aipo, alface, abobrinha, batata doce, alcachofras, cenouras, tomates, panículas de milho, cogumelos, couves, ervilhas, batatas, azeitonas, soja, tofu.
·         Frutos secos e sementes:
amêndoas, avelãs.
·         Óleos:
azeite, de sementes de linho, de cânola.
·         Cereais integrais:
amaranto, millet, arroz selvagem, quinoa.
·         Carnes:
…. Nenhuma ….
·         Lácteos:
leite materno, queijo de soja, leite de soja, leite de cabra, queijo de cabra, soro.
·         Bebidas:
chás de ervas (infusões), água com limão, chá verde, chá de gengibre.

Outros alimentos alcalinizantes:
·         Especiarias e condimentos:
sal marinho, miso, tamari, canela, curry, gengibre, mostarda, Chile, pimenta, todas as ervas aromáticas.
·         Vegetais orientais:
umeboshi,wakame, Kombu, nori, verduras do mar, daikon, raiz de dente de leão, shitake, maitake.

De menos ácido ao mais ácido:
·         Edulcorantes:
Mel refinado, melaço, açúcar branco, açúcar escuro. Edulcorantes químicos (aspartamo, etc).
·         Frutas:
Ameixas secas, sumos de fruta processados, cerejas ácidas, amoras, ruibarbo, mirtilos, ameixas frescas.
·         Legumes, verduras e hortaliças:
Espinafres cozinhados, feijão azuki, grão de bico, lentilhas, feijões pintados, feijocas, feijões brancos, cacau.
·          Frutos secos e sementes:
Sementes de abóbora, de girassol, nozes do Brasil, cajús, amendoins, nozes.
·         Óleos:
de milho.
·         Cereais integrais:
Pão de trigo germinado, espelta, arroz integral, arroz branco, milho, trigo sarraceno, aveia, centeio, farinha branca, pastéis, massas.
·         Carnes:
Veado, peixes de água fria, pavão, frango, vitela, cordeiro, porco, marisco.
·         Lácteos:
Ovos, manteiga, iogurte, soro, requeijão, queijos de leite cru, leite homogeneizado, gelados.
·         Bebidas:
Chá, café, cerveja, refrescos industrializados.



COZINHAR NO VAPOR













COZINHAR NO VAPOR
(Jérémy Anso)

9 RAZÕES PARA PRATICAR E ADORAR COZINHAR NO VAPOR

O fogo, e os primeiros cozinhados
Cozinhar os nossos alimentos é possível desde a noite dos tempos, mais precisamente depois da domesticação do fogo pelo Homo Erectus, cerca de 450.000 anos antes de Cristo.
Cozinhar os alimentos permitiu, entre outras coisas, tornar as proteínas animais mais assimiláveis e aumentar mecanicamente e gradualmente o volume da caixa craniana.
O fogo está hoje na origem do incrível desenvolvimento da nossa caixa craniana e por expansão, do volume do nosso cérebro e, por conseguinte, das nossas capacidades cognitivas.

As maneiras de cozinhar de hoje – existem dezenas de maneiras de cozinhar hoje em dia:
Escalfar – Escaldar – no Forno – na Frigideira – no Micro-ondas – no Vapor – no Churrasco – Estufar – Etc.
Todas estas maneiras de cozinha têm pelo menos um ponto comum: uma temperatura específica, mais ou menos alta, que permite o cozimento dos alimentos.
Hoje em dia, admite-se que os cozimentos com temperaturas mais altas – grelhados, no forno tradicional, na frigideira – geram mais AGE, amidos heterocíclicos tóxicos e cancerígenos para o nosso organismo.
Os churrascos são uma das mais perigosas maneiras de cozinhar, porque atingem temperaturas da ordem dos 800 a 1.000 graus, e desnaturam completamente as propriedades nutricionais dos alimentos.

O problema está pois colocado …
Como cozinhar eficazmente os nossos alimentos,
preservando ao máximo as qualidades nutricionais e gustativas ?


COZINHAR NO VAPOR
As propriedades do cozimento no vapor fazem dele o modo ideal de cozinhar do nosso quotidiano. Esta maneira de cozinhar possui as condições de temperatura ideais, não gera compostos tóxicos e evita ao máximo a perda dos nutrientes essenciais.
Eis aqui as razões científicas, técnicas, e comportamentais do virtuoso cozimento a vapor.

A qualidade dos alimentos

1. Limita a perda dos nutrientes na água do cozimento
Escaldar certos alimentos torna-os mais saudáveis e deliciosos no plano gustativo.
Porém, este tipo de cozimento (escaldar) leva a uma grande perda de nutrientes dos alimentos solúveis na água do cozimento.
Cozinhar no vapor evita esta perda de nutrientes, e permite concentrar ao máximo os nutrientes essenciais para a boa saúde do nosso organismo.

2. Limita a degradação dos nutrientes (vitaminas, enzimas, etc.)
Uma das propriedades fundamentais do cozimento a vapor é a sua temperatura controlada, inferior ou igual a 100 graus, que impede grandemente a degradação das enzimas, e dos oligo-elementos presentes nos alimentos.
As temperaturas muito elevadas dos cozimentos – superiores a 100° e mesmo a 200° – deformam a estrutura tridimensional das enzimas, o que as torna inactivas e, por conseguinte, inúteis para o organismo.
Há degradação das enzimas: nos cozimentos no forno tradicional a altas temperaturas, no forno micro-ondas (sob certas condições de utilização), na frigideira, e, claro, no churrasco.

3. Nenhuma neoformação de compostos tóxicos
O cozimento a vapor é reconhecido cientificamente pelas suas virtudes saudáveis, dado que evita a formação de compostos cancerígenos, que se acumulam no nosso organismo, podendo ser perigosos para a saúde.
Estes compostos são as aminas heterocíclicas (AGE) resultantes do cozimento entre uma proteína e um glúcido em temperaturas muito altas.
Podem formar-se no forno tradicional, na frigideira, e preferencialmente no churrasco onde as temperaturas são mais extremas, e, de facto, as mais perigosas.

A qualidade do regime alimentar

4. Permite cozinhar refeições “completas”
A vantagem incontestável das panelas de cozer a vapor é a possibilidade de cozer várias gamas de alimentos a fim de prepararmos uma refeição muito equilibrada.
Na prática, as panelas de cozer a vapor são (bastantes vezes) compostas de vários andares, o que permite acumular uma grande quantidade de alimentos de origem diferente.

Um exemplo muito concreto:
Alimentos a colocar no 1º andar da panela :
·         Legumes – cenouras, couve chinesa, beringelas, feijões, nabos, brócolos, etc.
·         Féculas – batatas, inhames, mandioca, …
O 2º andar (podemos trocá-lo com o 1º) pode receber o arroz (branco ou integral) em saquinhos previstos para o efeito ou não. O cozimento do arroz a vapor é um pouco menos prático, dado que deve cozinhar mais tempo para crescer correctamente.
É possível pré cozê-lo (método pilaf) numa frigideira em lume brando durante 10 minutos e a seguir cozê-lo no vapor.
O 3º andar é geralmente destinado às proteínas animais: frango, caranguejo, camarão, peixe, ovos, etc.
Todos os alimentos podem ser cobertos com ervas aromáticas, especiarias, até mesmo com alguns molhos – porém, os molhos perdem-se em muita quantidade no sumo acumulado no fundo da panela.
Depois do cozimento a vapor podemos, por exemplo, levar, se necessário, os alimentos ao forno para alourar ligeiramente.

5. Impede a utilização de preparações pouco recomendáveis
A panela do coze a vapor não nos permite cozinhar ou aquecer a caçarola (cheia de aditivos, espessantes e conservantes), sem termos alguns problemas durante a operação.
Os pratos preparados nos supermercados serão igualmente mal adaptados a este tipo de equipamento.
Resumindo, ajuda a melhorar o nosso regime alimentar pela retirada de pratos pouco recomendados, com composição de pior qualidade e potencialmente perigosos para a nossa saúde.
6. Reutilização da água de cozimento
Uma vez pronta a refeição, todo ou quase todo o vapor de água fica depositado no fundo da panela. Esta água é em geral colorida, e muito perfumada, conforme os condimentos, as ervas e os alimentos utilizados.
Em vez de deitar para a pia esta água do cozimento a vapor, podemos reutilizá-la como base para preparar: uma sopa relâmpago (juntando-lhe todos os alimentos necessários) ou um molho “caseiro” (juntar à base os ingredientes que queremos para fazer um molho oleoso).

A qualidade de vida.

7. Necessita de pouca atenção
O cozimento a vapor é um dos métodos menos cronometrados conhecidos – rouba-nos muito pouco tempo.
À parte o tempo gasto na preparação dos legumes, do peixe, e do arroz, temos apenas que juntar água na panela e acender o lume. Não é preciso fazer mais nada.
Uma vez o cozimento terminado – dado pelo sinal do relógio temporizador – o prato será mantido quente muito naturalmente até que estejamos prontos para o servir e comer.
Em nenhum momento temos necessidade de vigiar os alimentos que estão a cozer, e os alimentos cozem uniformemente.
Apenas um reparo: se colocarmos pedaços grandes de alimentos congelados, ao fim de 5 minutos de cozimento devemos ter o cuidado de os separar para que cozam perfeitamente em todos os lados.

8. Funciona com uma grande gama de produtos
Podemos cozer quase tudo no vapor. Tudo depende dos nossos gostos e dos limites que fixarmos.
Note-se que as carnes vermelhas não são de todo excelentes cozidas no vapor. As batatas fritas ainda menos (neste caso, o ideal é cozê-las no forno em lume brando e sem óleo), e quanto às massas é melhor nem pensar.

9. Evita o sobre-cozimento
Este é um grande problema quando cozinhamos na frigideira ou no forno – temos que vigiar quase constantemente o cozimento dos alimentos. Para fiquem bem cozinhados dos dois lados, temos que virá-los, picá-los ou baixar ou aumentar a temperatura.

Conclusão
Não há nenhuma razão para não experimentar este método de cozimento, ultra eficaz, saudável e económico !
Hoje em dia já há vários utensílios de cozinha adaptados para cozinharmos especificamente no vapor.
Os alimentos que necessitam de um cozimento mais forte (arroz, etc.) devem ser colocados de preferência no 1º andar da panela.