sexta-feira, 24 de maio de 2013

A COUVE - o médico dos "pobres" ?


DEPOIS DE LER ESTE ARTIGO,
DE CERTEZA QUE IRÁ OLHAR AS COUVES COM OUTROS OLHOS …


“Os antigos romanos, tendo banido os médicos do seu império, mantiveram-se saudáveis
consumindo couves por longos anos, que utilizavam para curar todas as doenças”
(historiador anónimo do sec. XVI).

A couve é utilizada há mais de 6.000 anos e cultivada há mais de 4.000.
A “Brássica Olerácea” é uma planta selvagem da família das crucíferas que está na origem de uma grande variedade de legumes, couves, couve-flor, couve de Bruxelas, … No seu estado selvagem, a couve cresceu por toda a Europa Ocidental e mediterrânica, e no próximo Oriente. É um raro exemplo de planta comestível de origem estritamente europeia.
A domesticação da couve remonta muito atrás na história da humanidade dado que certas variedades de couve eram já cultivadas por habitantes das cidades lacustres do Neolítico. Supõe-se que os Bascos a transmitiram aos Celtas que, assim como os Germanos e os Eslavos, a cultivaram abundantemente. Na Grécia Antiga, utilizavam-naa couve sobretudo como erva medicinal. A utilização da couve faz também parte do Código Mélétios, médico e monge Bizantino do sec. IX.

Os romanos viam nela um remédio universal para todos os males.
Os russos fizeram dela o antídoto natural da vodka.

A couve pertence à família das crucíferas e há couves para todos os gostos: couve verde, couve branca, couve frisada, couve roxa, couve-de-bruxelas, couve-flor, couve-flor violeta, brócolos, couve-nabo, couve-rábano, couve chinesa, couve marítima, …
A couve desenvolve-se há milénios nas costas da Europa. A couve original, a “Bramica Oleracea”, couve marítima, ainda hoje existe nas costas da Mancha (Baixa Normandia).
A partir dela, 400 variedades desenvolveram-se ao longo dos séculos.
Desde a Idade Antiga, a couve é utilizada para curar múltiplos males quer para uso interno quer para uso externo.
A análise das suas componentes permite provar a sua bem fundada reputação de “médico dos pobres”.


PROPRIEDADES
As couves equivalem aos outros legumes tanto do ponto de vista dos hidratos de carbono (açúcares, fibras) e dos prótidos como da assimilação. É um legume pouco calórico.

As couves são mineralizantes notáveis:
·      Cálcio
·      Potássio
·      Ferro, magnésio
·      Oligo-elementos – como o iodo, o cobre e o manganés, dois catalisadores indispensáveis na acção das vitaminas do grupo B e das enzimas de oxidação
·      Enxofre (útil para a saúde)
·      E as suas essências voláteis, mas não tantas como a cebola, o alho, o alho-francês ou a salsa, o que lhe dá um sabor particular nem sempre apreciado.

O enxofre associado às fibras leva por vezes a intolerâncias intestinais quando é cozinhado – a maneira de cozinhar poderá modificar este efeito indesejável.
Elas são também ricas em vitaminas: C, A, E, P, PP, K e B (B1, B2, B3, B5, B6, B9 que quase a podemos chamar de “grupo anticanceroso”).

Existe uma multitude de couves diferentes. Todas são ricas em enxofre orgânico e todas têm pois, globalmente, as mesmas virtudes terapêuticas.
Costuma-se no entanto admitir, que as couves de cor viva são mais ricas em vitaminas. E se quiséssemos fazer a classificação da melhor couve, seria dada à couve roxa dado que contém mais fibras, vitamina C, cálcio e potássio e nutrientes anti humorais.

A couve verde é, em contrapartida, mais rica em materiais celulósicos e mais indicada para a preguiça intestinal.

A couve-de-bruxelas, rica em vitamina A e B é mais diurética.

Quanto à couve-flor, possui numerosas vitaminas (C, PP, B1, B2, B5 e B6), e é rica em sais minerais. Digere-se também muito facilmente.

A couve chinesa, enfim, é utilizada em Medicina Chinesa para lutar contra as inflamações dos pulmões ou da bexiga.

A couve é notável pelo seu teor elevado em minerais e vitaminas assim como em substâncias sulfurosas (glucosinolatos), aos quais ela deve nomeadamente as suas propriedades antimicrobianas. Os seus efeitos calmamtes (antálgicos e anti inflamatórios) estão ligados à sua riqueza em glutamina, um ácido aminado precursor da glucosamina, uma molécula natural correntemente empregada na prevenção e tratamento das artroses.

Aplicada em compressas, a folha da couve é desinfectante, cicatrizante, tonificante e calmante. Alivia as dores articulares (artroses, entorses …), e trata igualmente as escoriações e as feridas simples, não ulcerosas, assim como as queimaduras ligeiras, as gretas, as frieiras e o cieiro.


USO INTERNO
Elogiada pelos antigos como uma panaceia, planta sagrada na Grécia, muito apreciada pelos Romanos que a consumiam antes das suas orgias, para retardar ou contrariar os efeitos da bebedeira, a couve é um remédio vegetal dos mais preciosos. Plínio afirmava que os Romanos lhe deviam ter podido passar sem médicos durante 6 séculos !

A couve é:
·  Peitoral
·  Béquica (eficaz contra a tosse)
·  Anti anémica
·  Antidisentérica
·  Cicatrizante das mucosas gastrointestinais
·  Vermífuga

Peitoral – a couve é salutar nas doenças das vias respiratórias: bronquite aguda ou crónica, tosse. Utilizar-se-á de preferência o suco fresco das folhas passadas pela centrifugadora; 1 a 2 copos médios por dia.
Poder-se-á preparar um xarope fazendo ferver suco fresco e mel em partes iguais; escumar com cuidado; 3 a 4 colheres por dia.
Chomel, dá-nos outra receita de xarope contra a rouquidão e a extinção da voz (pode-se suprimir a capilária/avenca): “Agarrai em cevada descascada e uvas secas sem grainha, cerca de 4 g de cada, 7 g de alcaçuz; 6 figos; meio punhado de hissopo (planta laminária aromática que possui propriedades estimulantes) e meio punhado de capilária (ou avenca, planta medicinal, espécie de feto); cerca de 15 g de pinhões brancos; uma couve roxa picada miudinho: ferver tudo; e por cada 500 g de decocção, juntai 1 colher ou 2 de mel branco, e quantidade suficiente de açúcar para fazerdes um xarope claro”.
O alto teor da couve em enxofre explica, pelo menos em parte, a sua acção benéfica a nível respiratório.

Anti anémica – a couve favorece a subida da taxa de hemoglobina. A sua riqueza em vitaminas A e B assim como em substâncias minerais essenciais para o organismo fazem dela um alimento de eleição dos anémicos, dos asténicos, dos convalescentes. Tomá-la-ão crua se o seu estômago permitir, ou estofada sem junção de gorduras animais. O seu grande teor em vitamina C faz ainda da couve um óptimo remédio para o escorbuto. O ideal: em chucrute (os alimentos fermentados são excelentes !).

Na disenteria – o Dr. Kérambrun (1926) obteve excelentes resultados apenas em alguns dias (27 doentes curados, em 30 tratados) pela utilização exclusiva da couve ou da couve-flor cozidas em água, com um pouco de sal, de manteiga e pão tostado.

Diurética – a couve foi prescrita utilmente para a nefrite crónica (cura de decocção, igualmente sedativa) e ascites (acumulação mórbida de serosidade no peritoneu) ligadas à cirrose do fígado (cura de couve crua, Binet, 1948). Mas é sobretudo uma notável cicatrizante gastrointestinal principalmente nas colites simples ou ulcerosas e na úlcera do estômago (suco fresco: 2 copos por dia, longe das refeições,  3 semanas por mês).

Vermífuga – enfim, o suco de couve, administrado de uma dose de 1 colher a 1, ½ colher por dia, arrasa com os oxiúres e as lombrigas.

A couve é um excelente desintoxicante
Parcialmente rica em compostos sulfurosos (donde o seu sabor tão característico), a couve neutraliza os malefícios da poluição e acelera a eliminação das substâncias tóxicas, factores de envelhecimento e de doenças. Os seus derivados sulfurosos agem também como precursores da glutationa, um antioxidante que bloqueia a acção dos poluentes.
Resultado, um consumo regular reduz de maneira significativa os riscos de cancro, nomeadamente os do cólon.
Uma “cura” de couve (monodieta) eliminará as nossas toxinas – a eliminação das toxinas deve ser seguida por um terapeuta dado que a sua “deslocalização” produz mini envenenamentos passageiros obrigatórios, a ter em cuidado.

Outras valências
A couve é também uma óptima fonte de vitamina C, com virtudes anti infecciosas e antioxidantes.
Contém igualmente carotenoides (pigmentos coloridos), selénio e polifenóis, 3 antioxidantes implicados na luta contra os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento das células.
Enfim, ela apresenta um bom rácio cálcio-fósforo para uma melhor assimilação do cálcio.
É pouco calórica (25Kcal/ 100g) e as suas fibras (mais de 3%) favorecem o bom funcionamento do sistema digestivo.

Modo de utilização
É pois aconselhável consumir as couves cruas excepto a couve verde que é melhor cozida. Cozinhar sempre lentamente a fim de preservar as propriedades dos legumes.
 No cozimento, e para uma melhor digestibilidade, devemos fazê-la “branquear” em primeiro lugar, isto é, devemos fervê-la (escaldá-la) durante alguns instantes num grande volume de água com a panela sem tampa. Os derivados sulfurosos vão ser em parte eliminados. Escorrer a couve e a seguir cozê-la no vapor. As pequenas couves verdes, novas e tenras têm menos fibra e pelo facto são mais digestas.
Quando a couve é utilizada menos como alimento do que como componente de regimes particulares e para que possa preservar todas as suas propriedades terapêuticas, é preferível que seja consumida em suco fresco não cozido dado que o cozimento, mesmo bem realizado, deteriora mais ou menos as suas propriedades.
Para fazermos o suco de couve, devemos utilizar as couves de qualidade biológica. Lavá-las cuidadosamente com água sem cloro. Mergulhar as suas folhas durante uma dezena de segundos apenas em água pouco mineralizada, aquecida a 40°. Fazer 3 vezes esta operação. Picar e extrair o suco que se deve beber logo a seguir.

Um outro modo de utilização muito digesto: o chucrute. Os fermentos contidos nesta couve fermentada conferem-lhe propriedades antissépticas para o intestino e permitem uma muito boa tolerância. Mas atenção, evitai juntar gorduras e charcutarias, deveis preferir o chucrute de peixe ou o chucrute vegetariano.
E que dizer dos jovens rebentos de couve roxa ? (sementes germinadas).

Para a saúde, estes germinados são excelentes. Ajudam a remineralizar o corpo. A nível nutricional, os germinados de couve roxa são ricos em vitaminas C, B3, B2, B1 e A. São igualmente ricos em cálcio, zinco, ferro, sódio, cobre, fósforo e manganésio. São pois ricos em minerais.
Utilizam-se os rebentos de couve roxa para lutar contra os problemas digestivos (problemas de trânsito) e de fadiga (efeito revitalizante).
Os germinados de couve roxa têm uma cor fúcsia magnífica.

O suco
Graças à clorofila purificante, ao seu poder vitamínico, aos seus sais minerais e à sua escassez em celulose, o suco da couve acalma as mucosas entéricas, reabilita a flora intestinal de simbiose e aumenta o número das hemácias (mais a couve branca). Eis a razão porque é aconselhado nas anemias, nas infecções, na preguiça do cólon, nas doenças de pele, etc …
Sempre bem tolerado, mesmo por aqueles que suportam mal as couves cozidas, contribui para a cicatrização das úlceras gástricas, as feridas intestinais, na protecção e regeneração do tubo digestivo irritado pelos erros alimentares.
Rico em inulina e pobre em hidrato de carbono, convém aos diabéticos.
Os seus benefícios no reumatismo são comprovados na intensificação da limpeza dos humores, favorecendo a emissão de urina. Razão do seu uso nas ascites (derramamento de serosidade na cavidade peritoneal).
Dado que possui catalisadores de oxidação (ferro, cobre, manganésio, etc.) e vitamina B, clorofila, vitamina C e cálcio, o suco da couve contribui na luta contra as afecções pulmonares, inclusive a tuberculose.
Pelo seu iodo orgânico, é aconselhado nos regimes de insuficiência tiroidiana.
O seu consumo deve, pois, ser tomado com moderação em caso de hipertiróide.
Reconstituinte do sangue, tonificante do pâncreas, é também um remineralizante de eleição, um recalcificante enérgico. Donde o interesse de o dar a beber aos anémicos, aos operados, aos convalescentes, aos gripados, às crianças de crescimento difícil.
Em todos estes casos, aconselha-se a misturá-lo, em partes iguais, com sumos de cenoura, nabos e beterraba vermelha para que cada um dos constituintes dê os seus oligoelementos específicos e complete os dos seus associados. Este composto é notável na clorose (doença do sangue), fragilidade óssea, tuberculose, colite ulcerosa, etc…
As couves estão recheadas de substância que, sabe-se agora, exercem uma acção anticancerígena (indol, flavonoides, fenol).
Estudos realizados quer na Grécia, Israel, Japão, EUA, Noruega, todos os resultados concordam: todas as couves exercem uma formidável acção preventiva nomeadamente sobre o cancro do cólon, próstata, útero, pulmões, boca, laringe, faringe ou o estômago.


USO EXTERNO
A couve é tão útil nos tratamentos de uso exterior como nos de uso interior. É um excelente cicatrizante e um notável calmante.

Nas úlceras varicosas – as folhas de couve lavadas, retirados os grossos talos, cilindradas com uma garrafa e maceradas algumas horas em água boricada (com ácido bórico), constituem um penso eficaz. Aplicar a folha sobre a úlcera tendo o cuidado de a cobrir bem, fixá-la com uma compressa de gaze envolvendo a perna, sem apertar muito; renovar o penso 2 vezes por dia (método do Dr. Dufour, de Fécamp, 1902).

Para o reumatismo – as mesmas folhas, aquecidas rapidamente entre dois panos brancos com um ferro de passar, e aplicadas directamente sobre a pele, podem aliviar as dores dos reumatismos, da gota, das pontadas nas costas, da ciática – antigamente, na Holanda, utilizava-se para os mesmos males, um unguento feito de couve branca fervida até se desfazer completamente, misturada com argila e água suficiente para a tornar pastosa, e aplicava-se quente sobre os pontos dolorosos.

Para a pele – o suco fresco, em compressas ou em loções repetidas, pode fazer desaparecer o acne, as crostas de leite, associado com o seu uso interno.

Utiliza-se com sucesso as folhas de couve no uso externo, sob a forma de cataplasma.
Depois de as esterilizar por imersão em água tépida, aplicá-las sobre os pontos dolorosos nas bronquites, queimaduras, impigens, entorses, distensões musculares com gânglios inflamados, gretas dos seios, gota, furúnculos, panarícios, fleimões, feridas supurantes (mudar as folhas frequentemente), metrite (inflamação do útero) hemorrágica (aplicação sobre os rins e baixo ventre), nevralgias faciais, paralisia dos membros, pleurisia purulenta, sarampo (aplicação nos tornozelos, punhos, testa e nuca), urticária, zona, etc.
Este relembrar muito sumário das utilizações clássicas das couves mostra que estamos errados em não as apreciar como merecem e de não as fazermos entrar com mais frequência nas ementas quer das pessoas saudáveis quer dos doentes. Além do mais, convém lembrar-nos que, pela sua composição salina e grupo de vitaminas, favorecem a cicatrização sólida e rápida das feridas exteriores e interiores. Donde a sua importância nos regimes dos grandes operados, dos ulcerosos, dos cancerosos e dos tuberculosos.

Cataplasma de folhas de couve verde contra os reumatismos e as úlceras varicosas
Colher folhas de couve (cruas, lavadas e escorridas) suficientes para cobrir a superfície a tratar. Passar o rolo da massa pelas folhas sem nervura para extrair o suco.
Colocar a folha sobre a articulação ou úlcera não infectada, cobrir com compressas e ligar.
Manter a mesma posição durante 2 horas no mínimo e idealmente durante uma noite.

Xarope para tosse com expetoração com couve e mel
 Centrifugar folhas de couve cruas
Recolher o suco e fervê-lo com quantidade igual de mel
Escumar
Tomar 3 a 4 colheres de café por dia


USO ALIMENTAR
Referimos mais acima todos os benefícios que os anémicos podem retirar do consumo regular da couve, de preferência crua; as pessoas saudáveis não devem, igualmente, negligenciá-la, lembrando-se da sua riqueza em vitaminas e elementos minerais. É, com efeito, recomendado dá-la o mais vezes possível às crianças, picada miudinha (principalmente a couve roxa, mas também a branca), acompanhada de cenouras e maçãs, em salada, tão agradável tanto à vista como ao gosto, decorada com algumas azeitonas pretas, salpicada de salsa e cebola picada, condimentada com azeite, sal e limão.
As pessoas que receiam consumir este legume forte, farão bem em cozê-la e comê-la com manteiga. O estufado, de aroma característico, poderá desagradar os paladares mais sensíveis; preferir portanto o modo de cozinhar anterior. Os pastores do Maciço Central alimentavam-se antigamente com sopa de couves e castanhas, à qual misturavam por vezes leite.
 Nenhum prato, talvez, é mais saudável do que o verdadeiro chucrute, preparado segundo as regras ancestrais, em que os fermentos lácticos exercem a mais feliz das influências na digestão e na assimilação. Na condição, bem entendido, diz o Dr. Leclerc, “de não ser ele mesmo transformado em sucursal de uma fundição de sebo pela junção de toucinho, salsichas e de presunto” (o capitão Cook preservou os seus homens do escorbuto durante 3 anos de navegação dando-lhes chucrute duas ou três vezes por semana).
Eis aqui a velha receita da “couve agra” que se consumirá crua de preferência, em salada, salada particularmente excelente se a condimentarmos com vinagre sabugueiro (vinagre de vinho no qual se faz infundir flores secas de sabugueiro na dose de 10g para 1 litro).

FAÇA VOCÊ MESMO O SEU CHUCRUTE SAÚDE
A couve preferida para esta preparação é o repolho – “couve de Estrasburgo” ou “couve quintal de Alsácia”.
Cortar fininho as cabeças de couve – de preferência utilizando um “cortador de chucrute” – e deixar as raspaduras escorrer um pouco na sombra, sobre um pano; misturar bagas de zimbro e sementes de chicória – algumas pessoas juntam também algumas maçãs. Num barril aberto numa das extremidades (se conteve vinho não tratado será bem melhor), colocar em primeiro lugar uma boa camada de sal marinho cinzento (é preciso 1Kg para 20 couves), a seguir uma camada de couve bem homogénea de 17 cm. Comprimir esta camada para metade da sua espessura, cobrir de sal e continuar assim até à borda do barril.
Terminar por uma camada de sal, cobrir com grandes folhas verdes de couve, a seguir um pano molhado, por fim tábuas em bom estado sobre as quais colocar-se-ão pedras pesadas. Deverá existir um respirador/vazador (“vide”) de cerca de 6 cm no cimo do barril. Colocar numa cave.
Pouco a pouco as couves abatem perdendo a sua água que sobe à superfície. Esta água, com cheiro desagradável, deve ser retirada, por sifão ou por torneira colocada um pouco abaixo do nível superior das couves, e substituída progressivamente por uma nova salmoura (100g de sal para 1 litro de água), até à clarificação do líquido que deverá aparecer bem nítido à superfície, 12 a 15 dias mais tarde. Deverá haver sempre aí pelo menos 3 cm de salmoura acima da cama superior de couves e é absolutamente importante que estas últimas estejam bem comprimidas. Dois meses depois do início da sua fabricação, pode-se começar a comer o chucrute: retirar a pedra e as tábuas, retirar a quantidade necessária e recobrir de novo pressionando cuidadosamente … Lavar as couves com água limpa (sem cloro, de preferência), escorrer e servir cozidas (cozinhar lentamente) ou cruas em salada. Se desejarmos conservar por muito tempo as couves preparadas no Outono (Novembro é o melhor mês), será necessário mudar completamente a sal moura por altura da Lua de Páscoa e do solstício de Verão.


NOTA IMPORTANTE
A couve é uma “grande limpadora” … do nosso corpo mas também do solo onde é cultivada … portanto, não consumais senão couves cultivadas sem pesticidas, insecticidas ou outros venenos !!! Consuma saudável e natural … !


 AUTORES DE REFERÊNCIA
·  Gérard Wenker
·  Piotr Daskzkiewicz
·  Jean Aikhenbaum





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