domingo, 24 de março de 2013

AS DOENÇAS DE PELE


SALVE A SUA PELE

Certas doenças são mais fáceis de curar com um regime macrobiótico apropriado do que outras. É o caso da maior parte das doenças de pele, tais como: Eczema – Zona – Acne – Psoríases – Herpes – Vitiligo – Urticárias – Alergias – Borbulhas – Furunculose – etc.
Em medicina macrobiótica todas as doenças são classificadas segundo as suas localizações “yin-yang”. Neste caso, sendo a pele um órgão situado na periferia, na superfície do corpo humano, todas as perturbações, todas as anomalias que se traduzam pelo desenvolvimento de uma doença da pele, são “yin” (VER: NOTA  1 ” mais abaixo).
O conjunto destas doenças da pele é pois provocado por um excesso de alimentos “yin” (açúcar, frutos, alimentos crus, produtos lácteos, óleos e corpos gordos, chás aromáticos, café, bebidas alcoólicas, drogas, medicamentos, etc.).
Para todas as doenças enumeradas acima, a causa sendo idêntica, as recomendações alimentares são pois as mesmas, excepção feita às doenças de pele nos bebés e dos melanomas malignos dos adultos que serão tratadas em separado.
Parte-se do princípio que os conhecimentos sobre macrobiótica do leitor são suficientes para interpretar e aplicar correctamente as directivas alimentares aqui expressas. Caso contrário, o leitor deve recorrer aos ensinamentos de pessoas macrobióticas experientes ou procurar tirar um curso básico de cozinha macrobiótica.
Nesta perspectiva, se o leitor quer verdadeiramente curar-se (ou curar um seu familiar ou amigo) e está preparado para fazer um grande esforço para isso, siga em frente, pois o resultado é garantido a 100% em três semanas, se aplicar correctamente e sem desvios as directivas abaixo indicadas, qualquer que seja a doença de pele. Experimente.

TRATAMENTOS E RECOMENDAÇÕES
Deverá pois, alimentar-se segundo o “Regime Macrobiótico Padrão” (VER: “NOTA 2” mais abaixo), com 2 a 4 refeições diárias, tendo em atenção as seguintes recomendações e adaptações:
Produtos a suprimir imperativamente durante um mês:
·       Todos os produtos lácteos
·       Todos os produtos animais (carnes, peixes, queijos)
·       Os açúcares e todos os edulcorantes
·       Os frutos, os frutos secos, os alimentos crus
·       Os alimentos gordos e os óleos
·       As oleaginosas e os purés (manteigas) de oleaginosas: amêndoas, sésamo (tahin), avelãs, …
·       As farinhas refinadas brancas
·       Biscoitos, pastelaria, pão branco
·       As bebidas alcoólicas, as drogas e os medicamentos
·       O café, o chá, águas minerais gasosas
·       As especiarias e os condimentos

RECEITAS ESPECÍFICAS

Sopa de Miso
  Ingredientes para 1 litro de sopa
Óleo de sésamo (apenas uma pincelada) – facultativo
4 echalotas ou 1 cebola média
1 alho francês pequeno, 1 cenoura, folhas de couve
10 cm de alga Wakame ou Kombu
Miso de cevada – 1/2 colher de café por tijela
  Preparação:
Lavar, descascar e cortar com cuidado os legumes, variando os cortes
Demolhar a alga numa tijela (5 minutos a wakame; 15 minutos a kombu) e depois cortá-la em pequenos pedaços
Descascar delicadamente as echalotas ou a cebola, para não fazer chorar. Cortá-las em meias luas finas e salteá-las no óleo até que estejam transparentes e sem odor picante
Besuntar com óleo o fundo da panela com um pincel ou um bocado de papel e aquecer sem fazer fumo
Juntar os legumes cortados, do mais “yin” para o mais “yang”: alho francês – couve – cenouras
Juntar as algas com a água do demolho
Juntar a água necessária, cobrir e deixar ferver em fogo médio durante 15 minutos
No final do cozinhado, retirar uma concha de caldo para uma tijela, dissolver o Miso e voltar a juntar à sopa. O Miso não deve ferver – deve fervilhar abaixo do ponto de ebulição, durante 3 a 5 minutos.
Facultativo: juntar pequenos cubos de tofu fresco e umas gotas de gengibre fresco ralado.

Bebida de Kombu + cogumelo shitake + daikon (ou nabo, rabanete ou rábano)
(elimina o colesterol e os mucus gordurosos)
Demolhar 2 cogumelos shitake e uma tira de 7 cm de kombu em 2 taças de água numa panela, durante 30 minutos
Juntar 1/2 taça de daikon ralado ou nabo, rábano ou rabanete
Tapar a panela e ferver em lume brando durante 30 minutos
Passar e beber metade desta preparação por dia

Chá de 3 anos “kukicha”
O chá Kukicha alcaliniza o sangue e não contém teína.
Ferver durante 10 minutos 1 colher de sopa deste chá num litro de água, numa cafeteira inox com tampa.
Beber quente ou morno diariamente, entre as refeições.

DERMATITE ATÍPICA DO BEBÉ
As restrições/adaptações alimentares à Alimentação Macrobiótica Padrão são as mesmas, mas aplicadas à mãe, no caso de haver aleitamento pelos seios. Para os bebés mais velhos e crianças, suprimir os produtos lácteos será em geral suficiente para fazer desaparecer um eczema ou todas as outras doenças da pele.

Melanoma:
Este tipo de cancro é muito perigoso – não há nada a fazer para este cancro, nem operação, nem radiações, nem quimio. Este cancro não aparece sobre a pele, nem sobre um órgão profundo, mas justamente debaixo da pele, e é pois um cancro misto, “yin-yang”. Do mesmo modo, se o doente optar por um regime vegetariano (saladas ou fruta), ele não pode curar-se. O regime vegetariano cura outros tipos de cancro mas não este. Ou se o doente continuar a comer ovos, carne, peixe, também não poderá curar-se. No momento actual, não há outro meio de cura a não ser pela abordagem macrobiótica. 

Recomendamos para este caso o regime macrobiótico padrão, composto por 60% de cereais integrais, mas sobretudo muito equilibrado – nem muito “yin, nem muito “yang”, e cozinhado de maneira muito harmoniosa. Então, um a um, os tumores irão desaparecendo.

Apanhar Sol não é bom …

Carcinomas epiteliais sem metáteses, os mais espalhados
Menos perigoso do que o precedente, necessita no entanto um tratamento rápido e eficaz. Os cuidados e as recomendações macrobióticas são idênticos ao melanoma.

A partir do momento que os problemas de pele tenham desaparecido, poder-se-á regressar progressivamente a uma alimentação menos restricta, conservando no entanto as bases de uma alimentação macrobiótica padrão e suprimindo definitivamente os produtos lácteos. Caso contrário as doenças de pele reaparecerão mais virulentas do que nunca, e tudo terá que ser recomeçado.
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“ NOTA 1 ” :
Passagem do “Yin – Yang metafísico (acupunctura)” para o “Yin – Yang físico (macrobiótico)” - (Dr. Gourion – “Acupunctura e dieta macrobiótica”, 1974)


CLASSIFICAÇÃO METAFÍSICA
A energia situada à periferia é activa (critérios Yang), condensa-se em matéria inerte e central (critério Yin).


CLASSIFICAÇÃO FÍSICA
Faz uma abordagem inversa.
A matéria é fisicamente uma concentração da Energia Yang, ela é pois Yang, um verdadeiro concentrado de Yang, apesar da sua aparência inerte.
Todo o processo de concentração de energia, designado sob o termo geral de força centrípeta, é pois considerado com Yang.
Inversamente, tudo o que é imaterial, todo o processo de desmaterialização de perda de coesão física, designado sob o termo geral de força centrífuga é uma dispersão de Yang, de energia, dito de outra forma um processo Yin.
·       Yang será neste sistema centrípeto, Yin centrífugo
·       Yang será o centro, Yin a periferia
·       Yang será o Sol e Yin a Terra
·       Yang será actividade e Yin passividade
No entanto apercebemo-nos através do quadro abaixo que a classificação física não é totalmente inversa à classificação metafísica.
Determinados elementos mantêm-se nas mesmas colunas …








































































NOTA 2 ”:
Alimentação Macrobiótica Padrão
(por Francisco Varatojo)
A  Alimentação Macrobiótica Padrão é um modelo alimentar desenvolvido por Michio Kushi nos finais dos anos 70 do Sec. XX.
Considere por favor que este modelo é apenas um padrão e como tal deve ser adaptado às diferentes condições pessoais, climáticas, geográficas, etc.
Alimentação Macrobiótica Padrão
·       50 a 60% da alimentação diária devem consistir de cereais integrais. Cereais integrais incluem arroz integral, cevada, millet, aveia, milho, trigo, centeio, trigo sarraceno, cuscuz, bulgur, flocos de aveia, flocos de cevada, carolo de milho, massas, pão, crepes, panquecas, etc. Deve dar-se preferência a cereais integrais em grão, em particular se existirem problemas de saúde sérios, uma vez que os cereais sob a forma de farinha são mais difíceis de digerir e as farinhas ao oxidarem perdem muitas das propriedades originais do cereal em grão.

·       Sopa deve ser consumida 1 a 2 vezes por dia. As sopas são em geral de vegetais mas podem também incluir cereais, leguminosas, algas, peixe. Uma sopa particularmente aconselhada é a sopa de Miso ou sopa de pasta de soja, devido aos efeitos benéficos que o miso tem na reconstrução da flora intestinal.

·       25 a 35% incluem os mais diversos vegetais (para além dos vegetais utilizados nas sopas). Os vegetais devem ser cozinhados de diferentes formas mas é importante que alguns sejam bem cozinhados e outros levemente cozinhados ou consumidos sob a forma de salada crua. Vegetais para uso diário incluem cebolas, cenouras, abóbora, brócolos, couve, agrião, nabos, couve de bruxelas, cogumelos, germinados, nabiças e muitos outros.
     Vegetais como batatas, tomates, beringelas são geralmente desaconselhados ou devem ser utilizados muito ocasionalmente se se gozar de boa saúde.


·       10 a 15% da alimentação consistem de leguminosas, derivados das leguminosas e algas. As leguminosas incluem grão de bico, lentilhas, feijão azuki, feijão frade, feijão catarino, feijão manteiga e todos os feijões disponíveis nos diversos climas; derivados das leguminosas como tofu, tempeh, natto, seitan (neste caso derivado do trigo mas sendo um alimento com alto teor proteico é incluído neste capítulo) podem e devem também ser usadas regularmente.
As algas foram durante muitos anos utilizadas em diferentes culturas e utilizam-se em pequena quantidade neste regime, cozinhadas em conjunto com os vegetais, leguminosas ou cereais. As algas para uso regular têm nomes como wakame, kombu, aramé, hiziki, nori entre outras.
Para além dos alimentos mencionados nas alíneas acima, a Alimentação Macrobiótica Padrão inclui em quantidades variáveis os seguintes alimentos:
·       Sementes e oleaginosas - sementes de sésamo, de abóbora, de girassol; amendoins, amêndoas, pinhões, nozes.

·       Frutos da estação e da área geográfica em que vivemos - maçãs, pêras, morangos, castanhas, pêssegos, melão, melancia, uvas, etc.

·       Peixe, preferivelmente de carne branca - pescada, linguado, robalo, cherne, dourada, tamboril entre muitos outros.

·       Bebidas diversas, em especial chás tradicionais, cafés de cereais, sumos de vegetais ou de frutos. Se se gozar de boa saúde ou em situações especiais, pequena quantidade de bebidas alcoólicas como cerveja, vinho ou whisky de malte.

·       Óleos e temperos como óleo de sésamo, de girassol, de milho, azeite e temperos como vinagre de arroz, vinagre de ameixa, gengibre, algumas ervas aromáticas entre outros. Os óleos devem ser de primeira pressão a frio e não extraídos a altas temperaturas com solventes químicos à base de petróleo (a maioria dos óleos no mercado).

·       Condimentos para uso de mesa, se bem que utilizados em quantidades mínimas, são bastante importantes em especial se houver problemas de saúde; os condimentos principais são gomásio (sementes de sésamo com sal), umeboshi (pickle de ameixa), tekka (condimento produzido a partir de diferentes raízes), sementes de sésamo, condimento de cebolinho e muitos outros.

Na prática macrobiótica considera-se que os alimentos a evitar ou a usar muito esporadicamente são: carnes vermelhas ou brancas, ovos, produtos lácteos, açúcar, vegetais e frutos de origem tropical, café e chá preto, alimentos refinados e quimicalizados. Parte integrante do regime macrobiótico é a culinária; o modelo alimentar aqui descrito é extremamente saboroso, versátil e variado se a prática culinária for apropriada e pode ser bastante sensaborão se não for bem confeccionado; é aconselhável assistir a aulas de cozinha, consultar livros de culinária e pedir ajuda a pessoas mais experientes se desejar encetar uma alimentação deste tipo.
Em qualquer dos casos, começar a utilizar diariamente cereais integrais, vegetais e leguminosas na sua alimentação, pode seriamente contribuir para uma melhoria da sua saúde e qualidade de vida.
A Alimentação Macrobiótica Padrão preenche os requisitos nutricionais das principais organizações nutricionais mundiais e está de acordo com as linhas gerais no que toca à prevenção de cancro e doenças cardiovasculares. 


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