SEGREDOS PARA UMA BOA DIGESTÃO
(Jorge Pérez Calvo)
Uma boa digestão começa na boca,
com a mastigação – “Beber os sólidos e
comer os líquidos”.
É
muito importante mastigar e ensalivar correctamente os alimentos, porque:
·
É crucial triturar e moer bem os alimentos, para
que quando cheguem ao estômago este não tenha que realizar uma função que não é
a sua – o estômago não tem dentes.
·
A saliva hidrolisa e digere os hidratos de
carbono e alcaliniza os alimentos.
·
Os dentes são condensadores de energia e
carregam electricamente os alimentos, porque se produz passagem de electrões
entre os dentes – assim, mais mastigação significa mais vitalidade para os
alimentos.
·
Mastigar exerce um efeito calmante sobre a
mente.
Conselhos
a seguir para quem tem problemas para digerir bem os alimentos:
·
Consumir sopas quentes uma ou duas vezes por dia
com pequenas quantidades de vegetais de raiz – cebola, cenoura, nabo,
patisnaga, … – condimentadas com sal
marinho integral, shoyu, miso ou ameixa umeboshi.
·
Consumir 40 a 70% – segundo a estação do ano e a
condição de saúde da pessoa – do volume da comida diária de cereais bem
cozinhados (arroz integral, millet, quinoa, trigo sarraceno). O millet é
excelente para aumentar a força digestiva.
·
Adicionar Kuzu aos vegetais e estufados, pelo
menos duas vezes por semana.
·
Condimentar os pratos com gengibre, endro,
canela, curcuma, tomilho, erva-doce, alecrim, cominhos, cardomo, coentros, e
inclusivamente alho, porém bem cozinhado.
Alimentos
que deve evitar se tiver problemas com a digestão:
·
Açúcar, mel e adoçantes químicos de todo o tipo.
·
Todos os lácteos.
·
Sumos de fruta.
·
Frutas cruas e saladas em geral.
·
Alimentos e bebidas frias (geladas).
·
Alimentos gordurosos.
·
Óleos de má qualidade, excesso de óleo, gorduras
trans (margarina p. exº).
·
Fritos.
·
Condimentos fritos – muito cuidado com a cebola
e o alho francês fritos.
·
Alimentos transgénicos e híbridos.
·
Tofu, tempeh e seitan pouco cozinhados.
·
Todo o tipo de aditivos químicos.
Notas
sobre os condimentos fritos
Os óleos que usamos para preparar um condimento frito aportam um
excesso de humidade que, misturada com o picante da cebola, converte-se em
calor. Desta maneira produz-se, já na frigideira, uma mistura yin-yang entre a
humidade e o calor, que acabam por se unir de maneira muito contundente, pelo
que depois o corpo terá grandes dificuldades em eliminá-los.
Na verdade, um sistema digestivo
energeticamente baixo é incapaz de metabolizar o calor e a humidade, e assim no
final não tem outro remédio senão eliminá-lo mediante gases quentes e mal
cheirosos. Esta combinação também provoca uma irritação nas membranas que pode
produzir um fluxo amarelo.
O melhor neste caso é consumir as
cebolas salteadas ou escalfadas, porém não fritas – a maneira óptima de
cozinhá-las é pô-las na frigideira sem óleo, com um pouco de água, e sempre com
o recipiente destapado para que saia o gás.
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